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Foram os anjos que construíram estas igrejas incríveis?

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Bernard Gagnon - CC BY-SA 3.0

J-P Mauro - publicado em 06/12/19

As 11 igrejas, na Etiópia, foram esculpidas com o mesmo formato em um monobloco de pedra

Nas montanhas da Etiópia, existem 11 igrejas de formatos idênticos, cada uma esculpida em um único e enorme bloco de pedra. Essas estruturas da era medieval são atribuídas ao rei Lalibela, um governante do século XII que ordenou sua construção depois que ele fez uma viagem a Jerusalém apenas para descobrir que a cidade havia sido conquistada por forças muçulmanas, que interromperam as peregrinações cristãs à cidade.

As 11 igrejas, que ficaram conhecidas pelo nome de Lalibela, pretendiam formar uma nova capital para a peregrinação e adoração cristã, ou uma “Nova Jerusalém”. Até hoje, esses impressionantes edifícios monolíticos atraem peregrinos ortodoxos de todo o país nos dias sagrados. Alguns deles viajam a pé por meses para chegar a Lalibela, que é protegida como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1978.

Pouco se sabe sobre as pessoas que construíram as igrejas de Lalibela, e uma crença popular entre os fiéis da região é que elas tiveram a ajuda de anjos. Acredita-se que a construção dessas igrejas tenha sido realizada apenas com martelos e cinzéis para esculpir portas, janelas, pisos e paredes em rocha sólida.

Infelizmente, esses impressionantes testemunhos da ingenuidade do povo etíope medieval caíram em ruínas após vários séculos de negligência. As igrejas continuam funcionando, e os reparos e a manutenção são rigorosamente regulamentados, pois a pedra é considerada sagrada pelos ortodoxos etíopes. Todo o trabalho de preservação é considerado e debatido antes do início e, mesmo assim, qualquer poeira do trabalho é coletada e salva pelos padres.

Para proteger as estruturas de arenito da chuva, que deteriora lentamente a pedra, as comunidades ergueram grandes telhados acima de cada igreja. A proteção contra a chuva, no entanto, criou mais problemas, pois a pedra seca ameaça desmoronar. Embora a ameaça seja real, os locais não correm risco de destruição iminente e devem permanecer por mais um milênio, se tratados adequadamente.

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