Santa Gertrudes foi uma católica convicta, coluna da Igreja no seu tempo e lugar, como bem lembrou o Papa Bento XVI ao dizer: “Na observância religiosa, a nossa Santa é ‘uma coluna sólida”Acaba de ser publicado pela Cultor de Livros (14x21cm, 102 páginas) nossa obra Recorramos a Santa Gertrudes de Helfta! Mística, mensageira da Divina Misericórdia e amiga íntima do Sagrado Coração de Jesus.
O livro está dividido em cinco capítulos assim intitulados: 1) Santa Gertrudes, seu tempo e suas obras. É a apresentação, do modo mais fiel possível, da vida da santa e de seus escritos à luz de grandes estudiosos como Dom Garcia Maria Colombás, OSB, e Bento XVI, por exemplo; 2) Grande mística da Igreja. Busca descrever a essência da mística (a íntima união com Deus e o consequente amor ao próximo, cf. 1Jo 4,20-21) e seus complementos secundários (êxtases, visões, revelações etc.) com base em teólogos do nível de Adolf Tanquerey, SJ, Royo Marín, OP, Afonso Rodrigues, SJ, Estevão Bettencourt, OSB etc.; 3) Amiga íntima do Sagrado Coração de Jesus. Santa Gertrudes foi uma das grandes devotas do Sagrado Coração de Jesus, de acordo com o Papa Pio XII na Encíclica Haurietis aquas, 1956, n. 51. Por oportuno esse capítulo oferece breve histórico dessa devoção à luz de São Boaventura, da Encíclica Haurietis aquas, de Dom Eusébio Scheid, SCJ, e dos maiores místicos e místicas da Ordem Cisterciense. Traz, por fim, uma seleção de textos da própria santa de Helfta sobre o tema; 4) Mensageira da Divina Misericórdia. É um dos justos títulos de Santa Gertrudes. Nesse capítulo, há uma pequena exposição do termo misericórdia, de acordo com o Pe. Paschoal Rangel, SDN, grande teólogo brasileiro, e o comentário a cada parábola sobre a misericórdia, segundo Dom Estevão Bettencourt, OSB, competente biblista carioca, e 5) Oração. Pede ela a intercessão de Santa Gertrudes contra as catástrofes naturais (secas, geadas, temporais) e o bem-estar espiritual e físico a cada fiel. O livro traz também a lista completa dos mosteiros cistercienses e trapistas no Brasil.
Dom Paulo Celso Demartini, O. Cist., abade emérito da Abadia de Nossa Senhora de São Bernardo, de São José do Rio Pardo (SP), escreve, no Prefácio, ser necessário realçar “que Santa Gertrudes foi uma monja fiel à Mãe Igreja numa época de grande renovação de valores. Era, de direito, monja beneditina, mas vivia, de fato, como monja cisterciense, ou seja, membro da nova Ordem fundada, em 1098, em Cîteaux (Cister), França, pelos Santos Abades Roberto de Molesmes, Alberico e Estêvao Harding. Essa mesma Ordem teve também, ainda nos tempos de Santo Estêvão Harding, o grande Doutor da Igreja Bernardo de Claraval de cujos escritos espirituais nossa santa muito se valeu. Daí, já há alguns anos, termos uma comissão composta de várias Ordens Monásticas (Beneditina, Cisterciense e Cisterciense da Estrita Observância – Trapista) que busca promover a Causa de Doutoramento dessa monja mística. Cremos que isto seria, se for vontade de Deus à sua Igreja, um belo fruto neste tempo oportuno da graça” (p. 8).
Santa Gertrudes foi uma católica convicta, coluna da Igreja no seu tempo e lugar, como bem lembrou o Papa Bento XVI ao dizer: “Na observância religiosa, a nossa Santa é ‘uma coluna sólida […] firmíssima propugnadora da justiça e da verdade’ (Ibid., I, 1, p. 26), diz a sua biógrafa” (Audiência Geral, 06/10/10).
Ainda: “Seu apostolado consistia em confiar plenamente na caridade (ou na misericórdia) divina para mudar o ser humano e, por conseguinte, o mundo. Sua espiritualidade não era a do terror ou do medo de um Deus vingativo ou policial pronto a nos punir na esquina nem a de uma mulher assustada com os ataques do demônio, como muito se pensava na época. Ela foi, sim, uma monja confiante no amor do verdadeiro Deus que nos amou primeiro (cf. 1Jo 4,19) e que, por isso, nos quer com Ele na glória celeste a iniciar-se aqui na terra, especialmente pela participação no seu banquete diário. Lembremo-nos, uma vez mais, de que a Comunhão Eucarística era rara no século XIII, mas Gertrudes batalhava para torná-la frequente” (p. 25).
Esperamos, prezado(a) leitor(a), que a leitura do Recorramos a Santa Gertrudes de Helfta lhe faça imenso bem espiritual.
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