"Leve estas felicitações para seus entes queridos em casa, especialmente para os doentes e os idosos: que eles sintam o carinho do seu sorriso"
Nas felicitações de Natal aos funcionários do Vaticano, reunidos na Sala Paulo VI com seus familiares, o Papa Francisco resumiu seu discurso com uma palavra: sorriso.
Ele disse que a recente visita à Tailândia lhe deu inspiração, porque naquele país ele encontrou “uma gentileza especial” que o fez pensar “no sorriso como expressão de amor e de carinho, tipicamente humano”.
Um exemplo disso é a nossa atitude diante de um recém-nascido que nos leva a sorrir e cujo sorriso em resposta nos dá uma emoção enorme que conhece a simplicidade e pureza.
Isso aconteceu de uma maneira única entre Maria, José e Jesus. A Virgem e seu esposo, com seu amor, fizeram florescer o sorriso nos lábios da criança recém-nascida. Mas quando isso aconteceu, seus corações se encheram de uma nova alegria, vinda do Céu.
Jesus, prossegue o Papa, “é o sorriso de Deus”, porque veio trazer-nos o amor do Pai. Sua mensagem foi acolhida por Maria e José, que reconheceram em seu sorriso a misericórdia de Deus por eles e por todos aqueles que esperavam pelo Messias:
Assim, caríssimos, no presépio também nós revivemos essa experiência: olhar para o Menino Jesus e sentir que ali Deus sorri para nós, e sorri para todos os pobres da terra, para todos aqueles que esperam a salvação, que esperam em um mundo mais fraterno, onde não existam mais guerras e violências, onde cada homem ou cada mulher podem viver em sua dignidade de filho e filha de Deus.
Então, uma referência ao trabalho e à vida no Vaticano. “Aqui também”, observa Francisco, “sempre temos necessidade de nos deixar renovar pelo sorriso de Jesus” e de deixar que sua bondade purifique nossos corações:
É verdade, trabalho é trabalho, e há outros lugares e momentos em que cada um se expressa de maneira mais plena e mais rica; porém também é verdade que, no ambiente de trabalho passamos boa parte de nossos dias e estamos convencidos de que a qualidade do trabalho é acompanhada pela qualidade humana das relações, do estilo de vida. Isto vale especialmente para nós, que trabalhamos a serviço da Igreja e em nome de Cristo.
Sempre temos necessidade do sorriso de Deus, continua Francisco, quer nos momentos difíceis – e “somente Ele pode nos ajudar” – quer quando as coisas estão bem, para não esquecer “os outros que passam por dificuldades” e para que Ele “nos traga de volta o gosto pela simplicidade e pela gratuidade”.
Os votos de Natal do Papa, portanto, é para deixar-se “maravilhar pelo sorriso de Deus, que Jesus veio trazer”. Então conclui:
Leve estas felicitações para seus entes queridos em casa, especialmente para os doentes e os idosos: que eles sintam o carinho do seu sorriso. É um carinho. Sorrir é acariciar; acariciar com o coração, acariciar com a alma. E permaneçamos unidos em oração.
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