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Uma dor chamada vício

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Talita Rodrigues - publicado em 29/12/19
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Jamais teremos poder sobre a vida do outro e sobre suas escolhas; só Deus tem

Já conheci muitas famílias lidando com vícios como o da droga. Contudo, nunca imaginei que eu viveria isso de perto.
Num certo dia, sem perceber, a droga roubou de mim quem eu amo demais. A droga levou embora a confiança, os momentos felizes, a esperança, a força para continuar, e todos os sonhos já sonhados.
A droga, trouxe dor, destruição e lágrimas tão doidas. Até que isso acontecesse, eu tentava dar o melhor de mim, e fazer com que essa pessoa se sentisse cada vez mais amada e querida, de modo que não precisasse buscar refúgio ou qualquer outro tipo de preenchimento nas drogas ou em coisas ruins.
Neste momento, após ter feito de tudo incessantemente, eu percebi e aprendi a dura lição que eu não posso absolutamente nada e que eu não tenho poder para lutar contra algo tão forte. E isso dói. E como!
Muitas vezes, tantas famílias que passam por situações assim aprendem da forma mais dolorosa que não são autossuficientes ao ponto de conseguir decidir o melhor para a vida do outro. Contudo, são nestes momentos de impotência, tristeza imensa e lágrimas no travesseiro que percebemos que o único que pode mudar a história de alguém, realizar o que parece impossível, e fazer com que amemos aquele que está no escuro é o próprio Deus. Só Deus transforma, só Deus cura. Precisamos entender que, por mais que doa muito, jamais teremos poder sobre a vida do outro e sobre suas escolhas. Contudo, podemos oferecer o silêncio e a oração a Deus, na esperança de que Ele aja no tempo certo e conforme a Sua vontade.
Portanto, se você passa por isso com alguém que mais ama, acolha, ore e silencie. Deixe com Deus. Se você sofre desse mau e faz com que as pessoas que mais te amam sofram, ore, renuncie e busque a humildade suficiente para admitir que sem Deus nada somos.
Finalizo dizendo: um dia me disseram que o amor cura, e apesar da dor, eu continuo acreditando nisso!
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