Tornou-se costume dos papas recentes encerrar o ano com uma liturgia especial – “Te Deum” – onde refletem sobre o ano passado e concluem com espírito de ação de graças.
São João Paulo II encerrou seu primeiro ano como papa celebrando a festa da Sagrada Família, destacando “os problemas humanos mais profundos estão relacionados à família”.
Segundo João Paulo II, a família “constitui a comunidade primária, fundamental e insubstituível para a pessoa”. Por esse motivo, qualquer ataque à família causa danos irreparáveis à sociedade em geral. Além disso, ele explicou como é fácil destruir os valores que preservam a família, “embora seja muito difícil reconstruir esses valores”.
João Paulo II acreditava que era necessário terminar o ano refletindo sobre como procuramos preservar a família, em nossas próprias vidas e na comunidade local, e pedir perdão pelos momentos em que fizemos algo para desagregar a família.
Como João Paulo II disse:
Assim, concluindo este ano, agradeçamos a Deus por tudo que – nas diversas esferas da existência terrena – torna os homens ainda mais uma “família”, ou seja, mais irmãos e irmãs que têm em comum o único Pai. Ao mesmo tempo, peçamos perdão por tudo o que é alheio à irmandade comum dos homens, que destrói a unidade da família humana.
Se quisermos salvar a sociedade e ser uma luz nas trevas, devemos trabalhar primeiro com nossa própria família, agradecer pelas muitas bênçãos que temos e pedir perdão por qualquer coisa que cause divisão.
Se nossa família está desmoronando, não devemos nos surpreender de ver o mundo desarrumado. Portanto, neste momento em que vamos iniciar o ano, vamos nos concentrar na família e buscar a reconciliação dentro de nossa própria família, para então conseguir advogar pela paz no mundo.