Às vezes esquecemos que Jesus nos deu sua mãe, confiando-nos aos cuidados delicados dela. Ele o fez na cruz, dizendo ao discípulo amado: “Eis aqui sua mãe!”.
Embora não consigamos ver com os olhos a proteção materna da Virgem Maria, Santo Afonso de Ligório acreditava que deveríamos ter confiança em sua presença amorosa.
Ele escreveu em “As Glórias de Maria” que o amor da Santíssima Virgem torna nossa alma bonita aos olhos de Deus e que ela toda amor para com aqueles a quem adotou.
Afonso de Ligório compara a confiança que temos quando crianças em nossa mãe terrena com a confiança que devemos ter em nossa mãe celestial.
Ó refúgio seguro! A mãe de Deus é minha mãe. Quão firme deve ser nossa confiança, pois nossa salvação depende do julgamento de um bom Irmão e de uma Mãe terna! É então nossa Mãe que nos chama e diz, nestas palavras do Livro de Provérbios: “Quem é simples, volte-se para mim”. As crianças sempre têm nos lábios o nome da mãe e, diante de todo medo e perigo, imediatamente gritam: Mãe, mãe! Ah, doce Maria! Ah, Mãe mais amorosa! Isto é precisamente o que desejas: que sejamos crianças e te invoquemos em todos os perigos, e em todos os momentos recorramos a ti, porque tu desejas nos ajudar e nos salvar, assim como salvaste todos que a ti recorreram.
Maria deseja nossa salvação e fará tudo o que estiver ao seu alcance para nos proteger dos perigos espirituais e nos guiar pelo caminho da vida.
Afonso de Ligório relata outra imagem que deve nos confortar em nossas provações diárias: quando as tempestades de tentações se enfurecem, a Mãe mais compassiva dos fieis, com ternura materna, protege-os como se eles estivessem em seu próprio colo e os conduz ao porto da salvação.
Quanto mais nos aproximamos de Maria, mais próximos estamos de Jesus Cristo. Que possamos confiar nas palavras de Jesus de que ela é nossa mãe e possamos invocá-la com confiança em nossos momentos de necessidade.
Ela é nossa mãe e, como mãe, fará de tudo para garantir que estejamos em união com seu Filho, Jesus Cristo.