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5 dos 9 feriados prolongados de 2020 no Brasil têm origem católica – mas…

Santuário Santa Paulina procissão Santíssimo Corpus Christi
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Aleteia Brasil - publicado em 14/01/20
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Quantos brasileiros que vão desfrutar das folgas no trabalho conhecem o sentido e o propósito com que essas datas deveriam ser respeitadas?Cairão em segundas, terças, quintas e sextas-feiras, em 2020, nove feriados nacionais brasileiros que, portanto, poderão ser “prolongados”. Cinco deles, ou seja, mais da metade, têm origem católica:

  • Paixão de Cristo: 10 de abril (sexta-feira)
  • Corpus Christi: 11 de junho (quinta-feira)
  • Nossa Senhora Aparecida: 12 de outubro (segunda-feira)
  • Finados: 02 de novembro (segunda-feira)
  • Natal, 25 de dezembro (sexta-feira).

Além disso, em algumas cidades e Estados, também serão feriados locais os dias de São José (19 de março) e da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto), por se tratar de padroeiros locais. É o caso do Estado do Ceará (São José) e da sua capital, Fortaleza (Assunção).

Os outros quatro feriados nacionais que podem ser prolongados neste ano, mas que não têm origem diretamente católica, são:

  • Carnaval: 24 de fevereiro (segunda-feira, ponto facultativo)
  • Tiradentes: 21 de abril (terça-feira)
  • Dia do Trabalho: 1º de maio (sexta-feira)
  • Independência do Brasil: 07 de setembro (segunda-feira)

Discussões interessantes

Existe um saudável debate social sobre os pontos positivos e negativos dos feriados para o bem-estar dos trabalhadores, para a economia do Brasil e para a cultura de produtividade: assim como há quem os ache importantes para o justo descanso e para a qualidade de vida, há também quem os ache excessivos e mais causadores de prejuízos do que de benefícios para o país, tanto econômica quanto socialmente.

Além dessa discussão, é também relevante observar nessas datas um exemplo concreto de como a cultura cristã moldou a identidade nacional: é verdade que já se desvirtuou muito do sentido e do propósito dessas datas como espiritualmente transcendentes, mas é igualmente verdade que só foi possível considerá-las especiais e dignas de reverência por estarem vinculadas a episódios e pessoas centrais da fé católica.

Por fim, não deixa de ser interessante pensar no fato de que a crescente laicização da sociedade e as cada vez mais agressivas contestações e ataques ao cristianismo não parecem muito preocupadas com a incoerência de desfrutar gostosamente dessas datas cuja origem e motivação religiosa é tão explícita.



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