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Papa: a diferença entre quem tem autoridade e quem é hipócrita

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Andreas SOLARO / AFP

Le pape François lors de la messe célébrée à la basilique Saint-Pierre au Vatican pour la solennité de Sainte Marie Mère de Dieu, le 1er janvier 2020.

Reportagem local - publicado em 15/01/20

Jesus é o modelo de autoridade autêntica, explicou o Papa Francisco em homilia

O Papa Francisco explicou ontem a diferença entre a verdadeira e a falsa autoridade.

A verdadeira autoridade é exemplificada pelo estilo de Jesus. Já a falsa autoridade é como a dos escribas, afirmou o Papa em sua homilia na Missa na capela Santa Marta.

A verdadeira autoridade de Jesus

Qual é a autoridade que Jesus tem? É o estilo do Senhor, aquela ‘senhoria’ – digamos assim – com a qual o Senhor se movia, ensinava, curava, ouvia. Este estilo senhorio – que é algo que vem de dentro –, o que mostra? Coerência. Jesus tinha autoridade porque era coerente com aquilo que ensinava e aquilo que fazia, isto é, como vivia. Aquela coerência é o que dá a expressão de uma pessoa que tem autoridade: “Esta pessoa tem autoridade porque é coerente”, ou seja, dá testemunho. A autoridade se mostra nisto: coerência e testemunho.

A falsa autoridade dos escribas

Ao contrário, os escribas não eram coerentes, afirmou o Papa. Jesus, de um lado, adverte o povo a “fazer o que diziam, mas não o que faziam”; de outro, não perde a ocasião para repreender os escribas, porque “com esta atitude eles caíram em uma esquizofrenia pastoral”: diziam uma coisa e faziam outra.

O Papa recordou que isso acontece em vários episódios do Evangelho: às vezes, Jesus reage.

A palavra que Jesus usa para qualificar esta incoerência, esta esquizofrenia, é “hipocrisia”. É um terço de qualificativos! Vamos pegar o capítulo 23 de Mateus; muitas vezes diz: “hipócritas por isso, hipócritas …”. Jesus os qualifica “hipócritas”. A hipocrisia é o modo de agir daqueles que têm responsabilidade sobre as pessoas – neste caso, responsabilidade pastoral -, mas não são coerentes, não são senhores, não têm autoridade. E o povo de Deus é manso e tolera; tolera muitos pastores hipócritas, muitos pastores esquizofrênicos que dizem e não fazem, sem coerência.

O povo e os escândalos

Mas o povo de Deus que tanto tolera – afirmou o Papa Francisco – sabe distinguir a força da graça.

O Papa explicou isso fazendo referência à Primeira Leitura de hoje, em que o idoso Eli “tinha perdido toda a autoridade e tinha ficado somente com a graça da unção” e, com aquela graça abençoou e fez um milagre em Ana, que por sua vez suplicava para ser mãe. Este episódio serviu para Francisco fazer uma consideração acerca dos cristãos e dos pastores.

O povo de Deus distingue bem entre a autoridade de uma pessoa e a graça da unção. “Mas você vai se confessar com aquela pessoa, que é isso, isso e isso?” – “Mas para mim ele é Deus. Ponto. Ele é Jesus”. E esta é a sabedoria do nosso povo, que tolera tantas vezes, tantos pastores incoerentes, pastores como os escribas, e também cristãos que vão à missa todos os domingos e depois vivem como pagãos. E as pessoas dizem: “Isto é um escândalo, uma incoerência”. Quanto mal fazem os cristãos incoerentes que não dão testemunho e os pastores incoerentes, esquizofrênicos, que não dão testemunho!

O Papa concluiu a homilia pedindo ao Senhor para que todos os batizados tenham a “autoridade”, “que não consiste em comandar e aparecer, mas em ser coerente, ser testemunha e, por isso, ser companheiro de estrada no caminho do Senhor “.

(Com Vatican News)

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