Os manifestantes, a maioria vestidos de preto, chegaram a poucos metros do Palácio de La Moneda, sede da Presidência
Mais de mil pessoas se reuniram neste sábado (18) em Santiago para denunciar a repressão policial durante os protestos que há três meses têm mergulhado o Chile em uma crise social sem precedentes desde o retorno à democracia em 1990.
Convocados na já famosa Praça Itália, o epicentro das concentrações desde que começou a eclosão social de 18 de outubro e foi renomeada como Praça Dignidade, iniciaram uma marcha que avançou pela avenida Alameda, a principal via de Santiago.
Os manifestantes marcharam em silêncio como forma de condenar o abuso que dizem sofrer de parte dos agentes de segurança do Estado, que contêm os protestos com gás lacrimogêneo, jatos d’água, projeteis de borracha que atiram contra os manifestantes, mas cujo uso foi suspenso em novembro após as lesões oculares que causaram.
Os manifestantes, a maioria vestidos de preto, chegaram a poucos metros do Palácio de La Moneda, sede da Presidência, e depois repetiram canções e palavras de ordem contra o presidente Sebastián Piñera, cujo apoio caiu a 6% segundo uma última pesquisa.
A marcha terminou de forma pacífica, mas na Praça Itália, manifestantes enfrentaram a polícia em incidentes que avançaram pela noite.