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A história do filhote de águia em busca da verdadeira Grandeza e Glória

BALD EAGLE

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Reportagem local - publicado em 27/01/20

"Mais uma vez, levantou voo e foi-se embora para a imensidão azul. Voou muito alto e durante muito tempo, com o ímpeto que só os que anseiam por imensurável Grandeza têm a coragem de se impor..."

Havia, do outro lado da floresta, uma montanha alta e escarpada. A vida de quem ali mora é grandiosa, cheia de epopeia, de glória, de horizontes grandiosos e de maravilhas. Do alto daquela montanha, enfrentam-se ventos bravios, tempestades, raios e trovões. E ali vive a águia, entre as rochas sólidas, no topo da montanha, fitando o horizonte e cuidando do seu ninho. É dali que, toda manhã, ela parte em seu voo majestoso.

Eis que, no ninho, repousam dois filhotes da águia. Abrindo os olhos eles admiram o horizonte. Para certas criaturas, a grandeza faz parte da vida diária. Ao começar a voar, um dos filhotes subiu muito alto e, fitando o sol, bradou:

Oh, sol! Oh, horizonte! Não haverá Grandeza e Glória maiores que vós?

Foi assim que o filhote de águia sentiu no peito uma espécie de chamado vindo do céu.

Tua vocação é a grandeza e a glória“.

Ele então tomou esta decisão: não voltaria mais à montanha escarpada, pois a Grandeza e a Glória o esperavam.

A torre do castelo

Depois de muito voar, achou um castelo de grossas muralhas e torres majestosas. Pensou:

Deve haver aqui muitos heróis e muita Grandeza. Aqui ficarei“.

Procurou a melhor torre e fez ali sua nova morada, de onde observava tudo. Pensava ter encontrado a verdadeira Grandeza e a verdadeira Glória. Entretanto, começou a perceber que muitas guerras envolvendo os supostos heróis do castelo se davam por meras vaidades, e torneios sem fundamento eram realizados por simples orgulho. Buscava-se não a Glória verdadeira, mas a vã glória.

Viu então o filhote de águia que não era naquele castelo de torres fortíssimas que moravam a Grandeza verdadeira e a verdadeira Glória. Levantou voo e foi-se para a imensidão azul, para as alturas, em busca da verdadeira Grandeza e da verdadeira Glória.

A torre do palácio

Voou muito, percorreu muitos campos e serras e avistou, ao longe, outro palácio. Foi se aproximando e voando em círculos. Observou a delicadeza e a elegância das torres e de toda a construção. Aquilo tudo era tão maravilhoso que o filhote de águia chegou a pensar:

Aqui realmente estão a Grandeza e a Glória“.

Procurou uma das torres mais belas e fez ali a sua nova morada. O palácio, porém, era sacudido constantemente por revoltas, traições, jogos de interesses políticos, bajulações, compras de prestígios e golpes covardes. Que decepção! A águia viu que não estavam naquele palácio majestoso nem a verdadeira Grandeza nem a verdadeira Glória.

Mais uma vez, levantou voo e foi-se embora para a imensidão azul. Desta vez voou muito alto e durante muito tempo, com o ímpeto que só os que anseiam por imensurável Grandeza têm a coragem de se impor. E, tendo observado muitos lugares pelos quais passou, em nenhum deles encontrou a verdadeira Grandeza e a verdadeira Glória.

A torre da igrejinha

Por fim, depois de voar dias e mais dias, avistou um lugar que lhe chamou a atenção. Desconfiado, voou ao redor várias vezes. Um som metálico lançado pela torre o convidava a pousar. Em seguida, um coro de vozes serenas se elevava até o céu. Faziam-se ali sentir verdadeira Grandeza e verdadeira Glória com intensidade que o filhote de águia jamais tinha imaginado que existisse. Quando fez a sua morada naquela torre, a águia sentiu no coração a plenitude da Grandeza e da Glória de tal modo que jamais o havia sentido até então em toda a sua vida de buscas e almejos.

Da torre daquela igrejinha singela e bem cuidada, de onde se alçava o canto suave do gregoriano dos monges de Nossa Senhora, a águia compreendeu que se travava ali uma guerra silenciosa, mas a maior de todas as guerras: aquela que se luta contra o mal, com as armas da oração, da contemplação, do trabalho, do autodomínio, da confiança em Deus, da caridade, da alegria que brota da fé. Ali, Nossa Senhora vence e o diabo tem a cabeça pisada. Ali se contempla a maior de todas as Grandezas e a maior de todas as Glórias, pois, no Sacrário, vive e reina verdadeiramente o Senhor e Rei de todo o Universo, Jesus Cristo, Deus Verdadeiro e verdadeiro homem, encarnado, morto e ressuscitado.

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Adaptado de postagem do blog católico Almas Castelos




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