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FMI aponta estagnação na América Latina e aumento do risco regional

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Agências de Notícias - publicado em 29/01/20

No caso do Chile, a organização reduziu as previsões de crescimento para 2020 para 0,9%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou nesta quarta-feira que a economia da América Latina estagnou em 2019 e alertou para um aumento dos riscos regionais, de acordo com uma atualização de suas previsões.

O diretor do FMI para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, estimou no relatório que o cenário atual apresenta novos desafios e a urgência de uma reativação.

“De fato, o PIB real per capita da região diminuiu 0,6% ao ano, em média, durante o período 2014-2019”, disse o economista, destacando o contraste com um aumento de 2% durante o período de expansão das matérias-primas entre 2000 e 2013.

Em seu relatório publicado na semana passada, o FMI reduziu sua previsão de crescimento para a América Latina em 0,2 pontos percentuais, para 1,6% em 2020, devido aos protestos no Chile e investimentos fracos no México.

Essas projeções são apresentadas em um contexto em que a entidade reduziu sua expectativa de crescimento global para este ano em um décimo de ponto.

Para a entidade multilateral com sede em Washington, as causas das tensões sociais que também afetaram o Equador e a Colômbia variam de um país para outro, mas em geral refletem a “insatisfação com certos aspectos dos sistemas econômicos e políticos”.

“Uma prioridade fundamental para o futuro é reativar o crescimento e torná-lo mais inclusivo, mantendo a estabilidade macroeconômica”, afirmou.

Para Werner, a “falta de ímpeto” se deve, por um lado, a fatores estruturais, como falta de investimentos, aumento lento da produtividade e um clima que não favorece os negócios.

O FMI também atribuiu a fraqueza a condições cíclicas, como baixo nível de crescimento mundial, preços de commodities, forte incerteza e “tensão social” em alguns países.

– ‘Oportunidade’ para o Chile –

No caso do Chile, a organização reduziu as previsões de crescimento para 2020 para 0,9%, uma queda acentuada em relação às previsões feitas em outubro – antes do início dos protestos – quando o FMI projetou uma expansão de 3% para este ano.

Werner observou, no entanto, que o processo constitucional no Chile após a onda de protestos é uma “oportunidade”.

O protesto – que deixou cerca de 30 mortos – pressionou os setores políticos a convocar um plebiscito em 26 de abril para decidir se mudaria a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet.

“A expectativa desse processo a ser realizado nos próximos anos é um investimento. Investimento significa que você incorre em um custo, diante dessa incerteza”, afirmou.

– Sem novidades na Argentina –

Com relação à Argentina – a quem o FMI concedeu a maior linha de crédito de sua história – a agência não atualizou as previsões feitas em outubro, dada a atual incerteza, no momento em que o novo governo de Alberto Fernández está negociando a reestruturação a dúvida.

“Não revisamos as perspectivas para a Argentina”, disse Werner, dado que o governo Fernández acabou de assumir o cargo, de modo que o FMI manteve suas projeções de uma contração da economia de 3,1% em 2019 e 1,3% em 2020.

“Uma atualização das previsões seria tremendamente incerta, geraria mais incerteza, então decidimos esperar até termos mais informações”, acrescentou ele, no momento em que o Fundo prepara uma missão em fevereiro para Buenos Aires.

(AFP)

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