E a exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia” mantém o sacerdócio tal como instituído por CristoCom base em informações da Catholic News Service, agência de notícias do episcopado norte-americano, o Vatican Insider, sessão sobre o Vaticano editada pelo jornal italiano La Stampa, divulgou que, no final de dezembro de 2019, o Papa Francisco teria afirmado categoricamente a um grupo de bispos dos Estados Unidos que a Igreja não permitirá o casamento de sacerdotes católicos.
A escassez de sacerdotes em regiões remotas como a Amazônia exigirá reflexões, mas o recurso a padres casados não está previsto para agora, segundo o arcebispo dom Oscar A. Solis, de Salt Lake City. Por sua vez, dom John Charles Wester, arcebispo de Santa Fe, complementa, com bom humor:
“O Papa ouviu que o Espírito Santo não está dando sinais de ‘mente aberta'”.
Exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia” e o sacerdócio
Durante o chamado Sínodo da Amazônia, houve grande polêmica em torno à suposta possibilidade de o Papa autorizar a ordenação de homens casados. Com a publicação da exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”, Francisco recordou, porém, que o caráter exclusivo do sacramento da ordem sacerdotal capacita só o sacerdote a presidir a Eucaristia, uma função sacerdotal que é “específica, principal e não delegável”. Ele exortou, portanto, a se procurar outro modo de “assegurar este ministério sacerdotal” nos lugares mais remotos da Amazônia e observou que, para ajudar os sacerdotes, os leigos “poderão anunciar a Palavra, ensinar, organizar as suas comunidades, celebrar alguns Sacramentos, buscar várias expressões para a piedade popular e desenvolver os múltiplos dons que o Espírito derrama neles”.
Francisco deixa claro, ao mesmo tempo, que a Amazônia precisa de mais sacerdotes: “Eles precisam da celebração da Eucaristia porque ela ‘faz a Igreja’“. O Papa incentivou os bispos, em especial da América Latina, a promoverem a oração pelas vocações sacerdotais e a “ser mais generosos, levando os que demonstram vocação missionária a optarem pela Amazônia“.
A carência de sacerdotes “não exclui que ordinariamente os diáconos permanentes – deveriam ser muitos mais na Amazônia –, as religiosas e os próprios leigos assumam responsabilidades importantes visando o crescimento das comunidades“.
Mas a ordenação sacerdotal continuará sendo como foi instituída por Jesus Cristo.
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