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Capelão de hospital: ação dos anjos é fundamental na hora da morte

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Reportagem local - publicado em 14/02/20
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Sacerdote testemunhou intervenções angélicas incríveis instantes antes do falecimento de vários enfermosSacerdote da arquidiocese de Vancouver, no Canadá, o pe. John Horgan lançou o livro “His Angels at Our Side” (Os Anjos d’Ele ao nosso lado), que destaca o foco da missão dos anjos na salvação das pessoas e afirma que a ação angélica no momento da nossa morte é fundamental.

O pe. John é capelão de um hospital e testemunhou a ação dos anjos junto às pessoas que partem deste mundo:

“Os anjos realizam a sua custódia de várias maneiras. Na minha vida de sacerdote e como capelão de hospital, eu fui testemunha da presença dos santos anjos, em especial na atenção aos doentes e moribundos”.

Ele conta um caso concreto:

“Uma vez acompanhei um homem que não era católico, mas a sua primeira esposa sempre foi muito comprometida com a fé. Mesmo depois de que o casamento deles terminou, ela nunca deixou de rezar pelo marido. Ele tinha prometido que se batizaria antes de morrer, e ela nunca se esqueceu disso. A vida foi difícil depois que ele a deixou, mas ela perseverou na confiança em Deus e criou os filhos na fé”.

Quando o homem descobriu que estava com câncer, acabou sozinho, porque a segunda esposa o abandonou. Mas a primeira ficou do seu lado e cuidou dele no hospital. Incentivados pela mãe, seus filhos também foram até lá e se reconciliaram com ele.

“Ela fez todo o possível para trazer consolo aos seus últimos dias e para encorajá-lo a uma relação melhor com Deus”.

Ainda assim, o homem não queria se batizar. A esposa perseverava na oração e o confiava aos anjos da guarda.

“Ela me dizia: ‘Padre, estou rezando ao anjo da guarda dele e ao meu. Tenho certeza de que ele vai ser batizado'”.

Na manhã de um domingo, o padre visitou o homem no hospital e lhe perguntou:

“Quer ser batizado e aceitar a graça de Cristo? Você já sabe que nosso Senhor está chamando você há anos e viu a evidência do amor d’Ele na fidelidade e na devoção da sua esposa”.

O homem respondeu:

“Sim, padre, eu sei o que fiz. E sei como tenho vivido. Me arrependo de tudo e peço o perdão do Senhor. Quero ser batizado”.

O sacerdote prossegue, relatando que, naquele momento, enquanto preparava a água benta e os santos óleos para o batismo, escutou em seu interior uma voz que lhe dizia com urgência: “Agora!”.

Imediatamente, o padre pegou a água e a verteu sobre a fronte do homem, já moribundo, pronunciando as palavras do batismo: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo“.

Antes de pronunciar o “amém”, o homem faleceu.

“Não houve sofrimento, ele simplesmente fechou os olhos e partiu. Tinha ido para casa, com Deus. As enfermeiras e a família estavam de boca aberta, mas o que eu mais me lembro é do olhar da esposa. Com sua última respiração, ele tinha aceitado a graça que a esposa tinha implorado para ele durante anos”.

O pe. Horgan narra vários outros casos envolvendo pessoas à beira da morte.

“Uma e outra vez, ao atender os moribundos e falar com eles sobre o céu, experimentei que a menção dos anjos traz consolo e paz, inclusive aos que estavam distanciados da Igreja. Em muitos casos, os santos anjos permaneceram na sua mente e no seu coração como uma figura conhecida pela primeira vez na infância, uma devoção aprendida nos joelhos das mães, em especial mansidão e sabedoria”.


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A partir de matéria da agência Gaudium Press