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Os benefícios do jejum e da abstinência de carne para a saúde

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Monica Costa - publicado em 20/02/20

A recomendação quaresmal da Igreja é realmente saudável?

Na Quaresma, a Igreja recomenda que jejuemos na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, além de evitar comer carne toda sexta-feira. Mas essa recomendação é realmente benéfica para a saúde?

Para começar, falamos sobre dois termos diferentes: jejum e abstinência.

Os benefícios do jejum

Lembre-se de que o jejum recomendado pela Igreja é realizar apenas refeições frugais, para pessoas saudáveis ​​com mais de 18 anos e menos de 60 anos, e apenas nesses dois dias.

No entanto, existem fiéis que optam por um jejum radical que consiste em beber apenas água ou, no máximo, comer um pouco de pão, como forma de expressar sua religiosidade. Essa prática mais radical tem uma tradição antiga e está presente em quase todas as religiões.

Moisés e Jesus jejuaram por 40 dias, o Ramadã muçulmano evita comer qualquer coisa durante o dia por 30 dias. Mahatma Gandhi praticava jejum regularmente, para alguns exemplos.

Do ponto de vista médico, considera-se que jejuamos quando ingerimos menos de 300 calorias por dia e nos alimentamos apenas de líquidos.

Quando fazemos um jejum prolongado ou intermitente, voluntário e controlado, o corpo começa a consumir as suas reservas, o que pode ser uma prática muito saudável se for feita com bom senso, prudência e orientação médica.

Na maioria das sociedades ocidentais, comemos mais do que nosso corpo realmente precisa e isso produz não apenas obesidade, mas também uma sobrecarga de trabalho para nosso corpo. Quando nosso corpo não trabalha para digerir, ele se dedica à “limpeza” e isso é bom porque:

  • Elimina toxinas
  • Melhora o equilíbrio corporal
  • Ajuda a baixar o colesterol
  • Ajuda o sistema imunológico

Existem estudos que comprovam que o jejum pode ser bom para dores crônicas e doenças reumatológicas e inflamatórias.

Mas se as reservas acabarem, o corpo se desequilibra e isso começa a afetar alguns órgãos, como o fígado e os rins. É por isso que, se optarmos por um jejum radical por muitos dias, primeiro devemos ter certeza de que estamos saudáveis para isso, e depois ouvir o nosso corpo e começar a comer quando começarmos a sentir náuseas, dor de cabeça ou irritabilidade.

Os benefícios da retirada de carne

Lembre-se de que a Igreja recomenda apenas abster-se de carne às sextas-feiras durante a Quaresma, e nas sextas-feiras do resto do ano pode-se substituir essa abstinência por uma obra de piedade ou caridade.

No ano passado, a Organização Mundial da Saúde emitiu um relatório aconselhando a reduzir o consumo de carne vermelha como medida de prevenção do câncer colorretal. Este é o último de muitos relatórios e estudos que mostram que comer carne vermelha em excesso é prejudicial ao coração e à saúde.

No entanto, a carne fornece muitos nutrientes, como proteínas, ferro, vitaminas A e B, zinco e ácidos graxos essenciais. Por esse motivo, se decidirmos mudar para o vegetarianismo e parar de comer carne durante a Quaresma, devemos fazê-lo sob o acompanhamento de um bom nutricionista, que irá nos ensinar as porções e substituições adequadas.

O fato é que, nas sociedades ocidentais, costumamos comer carne em excesso, principalmente vermelha e processada, o que afeta substancialmente a formação de colesterol. Portanto, eliminar a carne de nossa dieta uma vez por semana, substituindo-a por proteínas de vegetais ou peixes, certamente trará benefícios para nossa saúde.

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