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Papa Francisco: “A inveja é um caruncho que leva à destruição”

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Reportagem local - publicado em 27/02/20
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Não podemos viver o Evangelho fazendo “conchavos”, recordou o PapaNa homilia do último dia 25, terça-feira de carnaval e data litúrgica em que a Igreja celebra a Sagrada Face de Jesus, o Papa Francisco partiu do trecho do Evangelho do dia (Mc 9,30-37) em que Jesus afirma aos Doze discípulos que, se alguém quiser ser o primeiro, deve ser o último e servidor de todos.

Jesus sabia que os discípulos tinham discutido, “por ambição”, sobre quem dentre eles seria o maior. Esta briga, segundo o Papa, reflete o espírito do mundo, que também foi abordado na Primeira Leitura do dia (Tg 4, 1-10): nela, o apóstolo Tiago recorda que o amor pelo mundo é inimigo de Deus.

A ânsia de ser visto e de sentir-se como mais importante que os outros é mundanidade, é espírito do mundo e, portanto, é afastamento de Deus. Jesus, em outro trecho, declara aos discípulos: “Ou estão comigo ou estão contra mim”. Não há conchavos no Evangelho.

Guerras e brigas acontecem por desejos mundanos, afirmou o Papa, recordando que também existem muitas guerras entre nós no dia-a-dia, baseadas nas mesmas causas das guerras entre exércitos e povos: a ambição de dinheiro e poder; em suma, o espírito do mundo.

Nesse mesmo contexto pululam as intrigas e a fofoca, que brotam da inveja. O maior invejoso é o diabo, recordou o Papa, e é pela inveja do diabo que o mal entra no mundo. “A inveja é um caruncho que leva a destruir, a falar mal, a aniquilar o outro“.

Vendo no diálogo dos discípulos todas essas paixões, Jesus os repreende e exorta a serem servidores de todos e a assumir o último lugar:

“Quem é o mais importante na Igreja? O Papa, os bispos, os monsenhores, os cardeais, os párocos das paróquias mais belas, os presidentes das associações de leigos? Não! O maior na Igreja é quem se faz servidor de todos, quem serve a todos, não quem tem mais títulos. Jesus, para explicar isso, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a com ternura, disse a eles: ‘Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo’; isto é, quem acolhe o mais humilde, o mais servidor. Este é o caminho. O caminho contra o espírito do mundo é um só: a humildade. Servir os outros, escolher o último lugar, não galgar. Portanto, não se deve ‘negociar com o espírito do mundo’. A mundanidade é inimiga de Deus. Em vez disso, precisamos ouvir a palavra tão sábia e encorajadora que Jesus diz no Evangelho: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!'”.


POPE FRANCIS
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