Um deles foi assassinado pelos raptores em janeiro. Grupo fanático Boko Haram está por trás do acirramento da violência por ódio à fé.Mais um padre foi sequestrado na Nigéria. A vítima da vez é o padre David Echioda, rendido por um grupo armado após a Santa Missa do último domingo, 1º de março. O pe. David exerce a sua missão no seminário menor de Ochobo, mas estava em atividades missionárias no centro da Nigéria quando sofreu o sequestro.
Trata-se do caso mais recente numa série de atos de violência contra sacerdotes, seminaristas, religiosos e leigos cristãos no país, um fenômeno que tem se transformado em verdadeira praga.
Em 2019, foram 11 sacerdotes sequestrados. Só em janeiro deste ano já foram 4 seminaristas, entre eles o jovem Michael Nnadi, de 18 anos, que acabou sendo assassinado pelos bandidos. Os outros três seminaristas foram soltos em regiões ermas. Em fevereiro, outro sacerdote foi sequestrado por um bando armado no sudoeste nigeriano.
O grupo terrorista Boko Haram, aliado do Estado Islâmico, é o principal autor das violências. O bando de fanáticos espalha sangue e terror pela Nigéria desde 2002 e captou os holofotes do mundo inteiro com sequestros massivos de meninas do norte do país, alguns anos atrás. Mais recentemente, o bando tem focado em sequestrar e assassinar cristãos.
Dom Ignatius Kaigama, arcebispo da capital Abuja, comentou:
“Este é o momento de recorrer a Deus para salvar a nós e o nosso querido país, a Nigéria. Nós ouvimos que, se há vida, então há esperança. Nós nos recusamos a ceder ao pessimismo. Somos resistentes. Por isto somos nigerianos”.
Nesta Quarta-Feira de Cinzas, o episcopado católico da Nigéria convidou os cristãos a vestirem preto em protesto contra a violência que os persegue. Em todas as paróquias do país foi lida uma carta do presidente da Conferência Episcopal Nigeriana, dom Akubeze, explicando que o ato era de solidariedade para com as vítimas do ódio à fé.
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