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Economia brasileira desacelera em 2019 e encara 2020 ameaçada por coronavírus

RENAULT

By Denis.Vostrikov | Shutterstock

Agências de Notícias - publicado em 08/03/20

No quarto trimestre, o PIB cresceu 0,5% em relação ao trimestre anterior

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, frustrando as expectativas de decolagem rápida prometida pelo presidente Jair Bolsonaro em seu primeiro ano de governo, e as perspectivas de 2020 estão comprometidas pela epidemia do coronavírus.

O dado, publicado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra uma desaceleração em relação à expansão de 1,3% da economia em 2017 e 2018.

No começo do ano passado, os mercados contavam com o programa de ajustes e privatizações de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guede, para finalmente deixar para trás os dois anos de recessão (2015 e 2016).

As apostas iniciais eram de um crescimento do PIB de 2,5%.

Mas o salto não aconteceu, apesar das taxas de juros em seu mínimo histórico e da aprovação, em outubro, da Reforma da Previdência, considerada essencial para melhorar as contas públicas.

“São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2013”, analisa Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.

Em novembro, o leilão de exploração do petróleo em águas profundas foi ignorado pelas maiores empresas do setor.

“Foi um toque de realidade. O Brasil está passando por um período de transição. Não é em um ano que você consegue resolver o problema”, afirma Victor Beyrute, economista da Guide Investimentos.

Trata-se de uma transição que exige muita paciência aos 11,9 milhões de desempregados e os 4,7 milhões de desalentados (termo usado para os que desistiram de procurar emprego por falta de oportunidades).

– 2020 traz ameaça do coronavírus –

Este ano começou com expectativas de aceleração das reformas, com projeções de governo e mercado de um crescimento de pelo menos 2,4%.

Contudo, a desaceleração do último ano e a epidemia mundial do novo coronavírus levaram aos consultores revisar suas projeções para o ano de 2020. Vários grupos bancários internacionais trabalham com a hipótese de que possa estar abaixo dos 2%. A consultoria Capital Economics, que já havia revisado a sua projeção de 2% para 1,5%, voltou a reduzi-la nesta terça, chegando a 1,3%.

O Banco Central de Brasil afirmou na terça-feira que vai estudar uma nova queda da taxa básica de juros Selic na reunião de 18 de março devido ao impacto da desaceleração global provocada pela crise de saúde.

O economista André Perfeito, da consultoria Necton, declarou à agência Bloomberg que prevê “dois cortes adicionais [da Selic] este ano, de 0,5 ponto cada”.

– ‘Perda de impulso’ –

No quarto trimestre, o PIB cresceu 0,5% em relação ao trimestre anterior (quando havia crescido 0,6%) e 1,7% em relação ao mesmo período de 2018.

A Capital Economics estimou que “o crescimento trimestral relativamente robusto de 0,5% oculta uma forte perda de impulso no quarto trimestre”, durante o qual foram publicados índices ruins da indústria e do comércio.

Em 2019 como um todo, a agricultura e os serviços cresceram 1,3%, e a indústria, 0,5%. Na demanda, os motores foram investimentos em capital fixo (+2,2%) e consumo das famílias (+1,8%), enquanto as compras do governo caíram 0,4%.

(AFP)

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