Pesquisa realizada no Reino Unido aponta que a convivência com a irmã - ou irmãs - melhora no desenvolvimento de habilidades como boa comunicação e otimismo
A cada ano, novas pesquisas surgem confirmando a importância dos laços familiares para o desenvolvimento psicossocial. Na mais recente delas, realizada conjuntamente por duas universidades do Reino Unido, os estudiosos descobriram que pessoas que cresceram ao lado de irmã(s) tendem a ser mais felizes e otimistas.
O levantamento envolveu mais de 570 pessoas com idades entre 17 e 25 anos que responderam um extenso questionário que abrangia, entre outras coisas, perguntas relacionadas a saúde mental.
Os dados mostraram que as irmãs são grandes incentivadoras da comunicação, pois costumam orientar os irmãos a falarem abertamente sobre seus sentimentos e, assim, transmitindo uma visão mais otimista da vida.
“Expressar as emoções é algo fundamental para a boa saúde psicológica e ter irmãs promove isso nas famílias. Pode ser que os meninos tenham uma tendência natural a não se abrir. E quando meninos crescem juntos, há uma certa conspiração de silêncio para não conversar, e as meninas tendem a quebrar isso”, explica Tony Cassidy, professor da Universidade Ulster e coordenador da pesquisa.
Ele acrescenta que as descobertas do estudo podem particularmente úteis para famílias que enfrentam crises como a separação dos pais. “Eu acho que esses dados podem ser usados por especialistas que oferecem apoio a famílias e crianças durante tempos difíceis. Com essas informações, podemos desenvolver um olhar mais cuidadoso ao lidar com famílias em que há muitos meninos”.
Como estimular o companheirismo entre irmãos
Quem tem mais de um filho sabe o quanto é difícil lidar com brigas e conflitos que eventualmente acontecem, afinal, diferenças podem surgir até entre os irmãos mais amorosos.
Devido à imaturidade emocional, crianças e adolescentes ainda não sabem resolver suas diferenças de forma tranquila, e cabe então aos pais sempre intervir para que os ânimos se acalmem.
E, independente dos momentos de tensão, os pais podem auxiliar os filhos a usarem o diálogo ao invés de brigas físicas e violência, principalmente quando ambos querem a mesma coisa.
Outro ponto importante é evitar a comparação. Ao verbalizar a distinção de uma criança frente a outra – seja por ser um exemplo de bom ou mal comportamento – o adulto pode, inadvertidamente, dar a entender que o filho elogiado é mais amado. E, por sua vez, a criança que tem dificuldade em atender as expectativas, pode se sentir desprezada e não merecedora do amor dos pais.
E, por fim, demonstre seu amor de forma intensa e indistinta, afinal, se seus filhos sabem que o quanto os pais os amam, eles não ficarão com ciúmes um do outro.