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Irmãs contemplativas com síndrome de Down? Sim, senhor!

Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro

Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro

Reportagem local - publicado em 09/03/20

Religiosas com ou sem a síndrome convivem na mesma comunidade, testemunhando que Deus chama todos nós à santidade

A congregação religiosa católica das Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro (Le petites soeurs disciples de l’Agneau, em francês) costuma despertar encanto nas pessoas porque recebe jovens mulheres portadoras da Síndrome de Down que desejam consagrar-se a Deus.

As irmãs que integram esta congregação abraçam a vocação religiosa contemplativa seguindo o carisma de São Bento (com o seu famoso lema “Ora e trabalha“, ou “Ora et labora“) e o de Santa Teresinha do Menino Jesus, conhecido como “o Pequeno Caminho”.

Irmãs com ou sem a síndrome convivem na mesma comunidade, sob as mesmas regras, testemunhando com a própria vida que Deus chama todos nós à santidade.

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Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro

A comunidade surgiu a partir de duas mulheres em 1985: a madre Line, atual priora, e a irmã Veronique, jovem com síndrome de Down que hoje é religiosa, mas que, na época, enfrentava relutâncias para ser aceita em outras congregações religiosas, que não se consideravam preparadas para receber uma postulante com a síndrome.

A comunidade da madre Line se adaptou a esta novidade e, em 1990, foi reconhecida por dom Jean Honoré, então arcebispo de Tours, como associação pública de fiéis leigos. Em dezembro de 2011 veio a aprovação definitiva da constituição do Instituto das Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro, por parte do bispo de Bourges, dom Armand Maillard. Para a celebração das Santas Missas e dos demais sacramentos, a comunidade recebe assistência do mosteiro beneditino de Fontgombault.

Ao comemorar os 20 anos da fundação, em 2005, o bispo dom Pierre Plateau assim declarou às irmãzinhas:

“Porque ama vocês, Jesus as chamou; provavelmente porque quer que a sua pequena comunidade mostre a um mundo propenso a ser muito egoísta que Deus é terno para com todos os que O reconhecem e que os pequenos são capazes de demonstrar muito amor, inclusive mais do que outros. Esta é a sua maneira de proclamar a Boa Nova”.

A encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da Vida), do Papa São João Paulo II, nos recorda a este respeito:

“A coragem e a serenidade com que muitos irmãos nossos, afetados por graves deficiências, conduzem a sua existência quando são aceitos e amados por nós constituem um testemunho particularmente eficaz dos valores autênticos que qualificam a vida e, mesmo em condições difíceis, a tornam preciosa para a própria pessoa e para os outros”.


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