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Ferrenhos ataques ao Papa Francisco

POPE FRANCIS Campus Misericordiae

© Marcin Mazur/catholicnews.org.uk

Vanderlei de Lima - publicado em 16/03/20

O Papa ao definir solenemente verdades de fé e moral goza da infalibilidade da Igreja em virtude da missão que exerce

Recebemos, com certa frequência, matérias que atacam o Santo Padre, o Papa Francisco. Neste artigo, desejamos nos posicionar frente a questão.

De início, importa expor, em síntese, a doutrina da Igreja: o Papa ao definir solenemente verdades de fé e moral goza da infalibilidade da Igreja em virtude da missão que exerce; nunca erra. Já em sua vida privada pode errar tanto quanto cada um de nós e até ser, por isso, respeitosamente, alertado ou corrigido de sua falha (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 891-892; Código de Direito Canônico, cânon 212 §3; Pergunte e Responderemos n. 222, junho de 1978, p. 253; Pe. Jesus Bujanda, SJ. Manual de teologia dogmática. Porto: Livraria Apostolado da Imprensa, 1944, p. 92). 

Ora, há quem, por ignorância ou má-fé (Deus julgue!), não faça, hoje, essa necessária distinção e pareça julgar – de modo preconceituoso – como imprestável tudo o que vem do Papa Francisco. Aliás, proferem-se contra ele as mais ferrenhas críticas. Dizem até que o Papa verdadeiro ainda é Bento XVI. Aqui, já cabe notar que nem Bento XVI – filho devotado da Igreja – pensa assim. Com efeito, em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera, no dia 28 de junho de 2019, ele afirma que: “o Papa é um só, Francisco” (ACI Digital, 28/06/2019, online).

Aliás, em seu último Discurso ao Colégio de Cardeais, em 28 de fevereiro de 2013, Bento XVI dizia: “Que o Senhor vos mostre o que Ele quer. E entre vós, entre o Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha reverência e obediência incondicionadas”. Que belo ato de fé, obediência e humildade!

Em contrapartida aos que criticam o Papa em tudo, temos dois escritos cabíveis. O primeiro é de Santa Catarina de Sena e data do século XIV. A santa, leiga dominicana e doutora da Igreja, que, em suas cartas, chama o Papa de “o doce Cristo na terra”, escrevendo a Bernabó Visconti, déspota de Milão, afirma que o Santo Padre (Gregório XI, na época) “detém as chaves do sangue de Cristo crucificado” e “ainda que ele fosse um demônio encarnado, jamais devo levantar a cabeça contra ele. Sempre devo humilhar-me e implorar misericórdia. É a única maneira de receber ou participar dos frutos da redenção. Peço que nada façais contra o vosso chefe” (Santa Catarina de Sena. Cartas completas. São Paulo: Paulus, 2016, p. 104-105).

Isso o Pe. Dr. Luiz Carlos Lodi da Cruz, do Pró Vida Anápolis (GO), aplica, agora, ao Papa Francisco, ao escrever, de modo filial e reverente, o seguinte: “Devemos obedecer ao Papa, com a única exceção de que ele nos ordene cometer um pecado. Que eu saiba, o Papa nunca ordenou que nós, sacerdotes, déssemos a Sagrada Comunhão aos adúlteros. Se desse tal ordem, eu seria o primeiro a desobedecer em nome da obediência a Deus. Também, que eu saiba, ele não nos ordenou participar de cultos idolátricos nem pregar que ‘todas as religiões são iguais’. Uma ordem categórica de cometer um pecado não apenas não obriga à obediência; obriga à desobediência”.

Mais: “Naquilo que não é pecado, eu obedeço ao Papa. Recito, por exemplo, o nome de São José incluído por ele nas Orações Eucarísticas II, III e IV (além do Cânon Romano), celebro a memória de Maria Mãe da Igreja (por ele instituída), invoco São João Paulo II e São João XXIII (por ele canonizados) e, no ‘Ano da Misericórdia’ (2015/2016), fiz as obras por ele indicadas a fim de lucrar indulgência plenária”.

Vem, por fim, todo o seu belo senso de verdadeiro fiel católico: “Se o Papa me suspendesse do uso de ordens, ainda que injustamente, eu lhe obedeceria, pois não seria pecado deixar de administrar os sacramentos e de celebrar a Santa Missa por obediência ao representante de Cristo. Seria dolorosíssimo, mas tenho certeza de que agradaria imensamente a Deus, como tanto lhe agradou a obediência até à morte de seu Filho feito homem” (Aborto: faça alguma coisa pela vida, n. 247, 13/01/2020, p. 6-7).

Diante do que foi exposto, o autor deste artigo também aproveita reafirmar a sua obediência filial e reverente ao Santo Padre, o Papa Francisco, e ao seu Bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, da Diocese de Amparo (SP). Deus seja louvado!

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DoutrinaPapa Francisco
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