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O efeito positivo do coronavírus

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Ricardo Sanches - publicado em 17/03/20
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Se existe algo de positivo nessa pandemia talvez seja a redescoberta do convívio familiarRuas desertas, cidades vazias, escolas fechadas, grandes eventos cancelados: a pandemia de coronavírus mudou o hábito e a rotina das pessoas mundo afora. Nada de aglomerações, nada de contato físico. O aperto de mão – esse simples gesto de cordialidade – está social e convencionalmente proibido por causa do risco de transmissão da COVID-19. 

Milhares de empresas instituíram o home office como modalidade de trabalho, ainda que temporária. Profissionais de diversas áreas desempenham suas funções de dentro de casa, pela internet, sem contato com as pessoas e com produtividade inquestionável.

Por recomendação das autoridades sanitárias, as pessoas estão permanecendo mais tempo em casa. No Brasil, aquela voltinha no shopping no fim de semana está cada vez mais rara. Cinema então, nem pensar!

Situação ainda pior vivem alguns países da Europa, como a Itália, onde o número de casos confirmados de coronavírus cresce a cada dia e a taxa de mortalidade pela doença assusta – e muito. Por lá, a população está trancafiada em suas residências. Todos estão preocupados, mas sem perder a alegria que lhes é peculiar.

Aliás, o retorno das famílias às suas raízes, a redescoberta do convívio real, pacífico e harmonioso de seus membros dentro dos lares parece ser o efeito positivo dessa febre de medo e incerteza globais (se é que se pode extrair algo positivo de tudo isso). 

Famílias inteiras estão revisitando a alegria e o prazer dos momentos compartilhados sob o mesmo teto. Sem poder (ou querer) sair de casa, pais e filhos reinventam seus passatempos, aprendem uma nova brincadeira, assistem a um bom filme, discutem um livro importante, testam uma nova receita na cozinha. Adultos e crianças que aderiram à segurança e o ao aconchego do lar, esse ambiente sagrado. Ouvi dizer até que casais que estavam distantes da Igreja voltaram a dobrar os joelhos numa oração conjunta e essencial. 

Não, ninguém aboliu a internet nem a tecnologia – mesmo porque agora, mais do que nunca, elas são ferramentas essenciais para o acesso à informação e para estreitar o relacionamento com os que estão distantes fisicamente. Porém, o outro, o literalmente próximo, passaram a importar mais do que se via meses atrás. Há quem diga que isso foi fruto de uma obrigatoriedade ou um medo temporário. Que seja! Mas os efeitos disso precisam ser comemorados – e incentivados

Ao mesmo tempo em que provocou uma ruptura social o coronavírus também gerou um movimento de volta às raízes, um resgate dos valores da família (a nossa primeira instituição social) e da convivência real, não apenas pelas telas. E família é isso: amor, respeito, colaboração, responsabilidade e harmonia – tudo o que precisamos para atravessar este momento sem pânico ou histeria. 

A pandemia de coronavírus será passageira. Mas o efeito positivo que ela trouxe tem tudo para ser duradouro.


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