Em sua homilia de hoje, o Papa falou ainda sobre as 3 condições necessárias para uma verdadeira oraçãoO Papa Francisco rezou sua Missa de hoje na capela Santa Marta por todas as pessoas que começam a enfrentar problemas econômicos por causa da pandemia do coronavírus.
No início de sua celebração, ele disse:
Rezemos hoje pelas pessoas que por causa da pandemia estão começando a ter problemas econômicos, porque não podem trabalhar e tudo isso recai sobre a família. Rezemos pelas pessoas que têm esse problema.
Já em sua homilia, o Papa comentou a episódio evangélico da cura do filho do funcionário do rei (Jo 4,43-54).
O papa explicou que este pai pede a saúde para o filho. O Senhor repreende todos um pouco, também ele: “Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais”. O funcionário, ao invés de se calar e ficar quieto, insiste e lhe diz: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” E Jesus lhe responde: “Podes ir, teu filho está vivo”.
3 condições necessárias para uma verdadeira oração
Em seguida, o Papa Francisco explicou quais são as três coisas necessárias para se fazer uma verdadeira oração.
A primeira é a fé: “se não tiverdes fé… E muitas vezes, a oração é somente oral, da boca… mas não vem da fé do coração, ou uma fé fraca…”
É preciso “rezar com fé, quer quando rezamos fora, quer quando vimos aqui e o Senhor está ali: mas tenho fé ou é um costume?”
Estejamos atentos na oração: não cair no costume sem a consciência de que o Senhor está presente, que estou falando com o Senhor e que Ele é capaz de resolver o problema. A primeira condição para uma verdadeira oração é a fé.
A segunda condição é a perseverança.
Alguns pedem mas a graça não vem: “não têm essa perseverança, porque no fundo não precisam dela, ou não têm fé”.
E Jesus mesmo nos ensina a parábola daquele senhor que vai até o vizinho pedir pão à meia-noite: a perseverança de bater à porta… Ou a viúva, com o juiz iníquo: e insiste e insiste e insiste: é a perseverança.
Segundo o Papa, fé e perseverança “caminham juntas, porque se você tem fé você tem certeza de que o Senhor lhe dará aquilo que pede. E se o Senhor faz você esperar, bater, bater, no final o Senhor concede a graça”.
Mas o Senhor não faz isso para tornar-se interessante ou porque diga “melhor que espere”: não. Ele o faz para o nosso bem, para que levemos a coisa a sério. Levar a oração a sério, não como os papagaios: blá blá blá e nada mais… O próprio Jesus nos repreende: “Não sede como pagãos que creem na eficácia da oração e nas palavras, muitas palavras”. Não. É a perseverança, ali. É a fé.
A terceira condição é a coragem.
É preciso coragem para rezar e para se colocar diante do Senhor. “A coragem de ficar ali pedindo e seguindo adiante, aliás, quase – quase, não quero dizer uma heresia –, mas quase como ameaçando o Senhor”.
A coragem de Moisés diante de Deus quando queria destruir o povo e fazê-lo líder de outro povo. Diz: “Não. Eu com o povo”. Coragem. A coragem de Abraão, quando negocia salvação de Sodoma: “E se fossem 30, e se fossem 25, e se fossem 20…”: ali, a coragem. Essa virtude da coragem, é muito necessária. Não somente para as ações apostólicas, mas também para a oração.
Fé, perseverança e coragem. “Nestes dias em que é necessário rezar, rezar mais, pensemos se nós rezamos assim: com fé que o Senhor pode intervir, com perseverança e com coragem. O Senhor não decepciona: não decepciona. Faz-nos esperar, toma o seu tempo, mas não decepciona. Fé, perseverança e coragem.”
(Com Vatican News)