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Como celebrar em casa o quinto domingo da Quaresma

PRAY

Shutterstock | Halfpoint

Reportagem local - publicado em 28/03/20

Tendo em vista a impossibilidade de ir à Missa por causa do coronavírus

Nos próximos dias e semanas, muitos de nós não poderemos participar da missa dominical por causa do coronavírus. Por isso, Aleteia.org, em colaboração com a revista Magnificat, se mobiliza para oferecer-lhe a possibilidade de santificar este quinto domingo da Quaresma com esta celebração da Palavra de Deus.

ROTEIRO:

  • Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da missa deste domingo ou acompanhar a missa pela televisão.
  • Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.
  • Pode ser celebrada na noite de sábado (vigília do domingo) e na tarde do domingo. No entanto, a manhã de domingo é o momento mais apropriado.
  • Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
  • Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
  • Deve-se colocar uma cruz ou o crucifixo.
  • Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
  • Se você tem flores no jardim, colha algumas para colocá-las no ambiente de oração, pois sua presença é particularmente indicada neste domingo Laetare, em previsão da alegria da Páscoa. 
  • Designa-se uma pessoa para dirigir a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família.
  • A pessoa encarregada de dirigir a oração estabelecerá a duração dos momentos de silêncio.
  • Serão designados leitores para as leituras.
  • Preparar-se-á com antecedência a oração universal (que aparece neste guia) e se designará uma pessoa para sua leitura.
  • Podem-se preparar os cantos apropriados.

Quinto Domingo da Quaresma 

Celebração da Palavra

 “Eu sou a ressurreição e a vida”

Sentados. O condutor da celebração toma a palavra: 

Irmãos e irmãs,

Neste quinto domingo da Quaresma,

circunstâncias excepcionais nos impedem de participar

da celebração da Eucaristia.

Agora, sabemos que quando nos reunimos

para rezar em seu Nome,

Cristo Jesus se faz presente entre nós.

E cremos que, quando lemos a Escritura na Igreja,

quem nos fala é o próprio Verbo de Deus.

Sua palavra se converte, deste modo,

em autêntico alimento para nossa vida.

Por isso, dispomo-nos a escutar

esta Palavra em comunhão com toda a Igreja.

Pausa

Este quinto domingo da Quaresma nos permite vislumbrar

a Paixão e Ressurreição de Cristo.

Nestes dias de pandemia, quando escutamos que

morreram ou ficaram doentes familiares, amigos, ou conhecidos,

nos colocamos diante de Ti, Senhor, com lágrimas nos olhos.

Ao receber a notícia da morte de teu amigo Lázaro,

tu também choraste.

Até o ponto das testemunhas exclamarem:

“Como o amava”.

Jesus, “reanimando” o teu amigo, queres que nos convençamos

de que o amor é mais forte do que a enfermidade e a morte.

Tu nos darás muito em breve a inquebrantável prova desta realidade,

através de tua Paixão e Ressurreição.

Pausa

Irmãos e irmãs,

no meio de nossas tribulações,

no mais profundo dos nossas provações,

a Igreja nos convida a descobrir, passo a passo, até chegar à Páscoa,

que Deus nos ama até o ponto de oferecer-se a si mesmo

para que todos possamos participar da Ressurreição de seu Filho,

Jesus Cristo, nosso Salvador.

Preparemo-nos agora, em silêncio, para abrir nossos corações.

Depois de um verdadeiro momento de silêncio, todos se levantam e fazem o sinal da cruz dizendo:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

O condutor continua:

Para nos prepararmos para receber a Palavra de Deus

para que ela possa nos regenerar,

reconheçamos nossos pecados.

Em seguida, faz o rito penitencial. Por exemplo: 

Senhor, tem piedade de nós.

Porque pecamos contra ti.

Mostre-nos, Senhor, sua misericórdia.

E nos dê sua salvação.

Que Deus Todo-Poderoso tenha piedade de nós,

perdoe nossos pecados,

e nos conduza à vida eterna.

Amén.

Recitamos ou cantamos:

Senhor, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

Cristo, tende piedade.

Cristo, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

Senhor, tende piedade.

O condutor recita a oração:

Que tua graça, Senhor, permita-nos

imitar com alegria a caridade de Cristo, 

que entregou sua vida por amor aos homens e mulheres.

Nós te pedimos por Nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho,

que vive e reina contigo na Unidade do Espírito Santo,

e é Deus pelos séculos dos séculos.

Amém

Em seguida, leem-se as leituras da missa deste quarto domingo da Quaresma. A pessoa encarregada da primeira leitura permanece de pé, enquanto as outras pessoas ficam sentadas.

PRIMEIRA LEITURA

Porei em vós o meu espírito para que vivais.

Leitura do Primeiro Livro de Samuel 16,1b.6-7.10-13a

Assim fala o Senhor Deus:
Ó meu povo, vou abrir as vossas sepulturas
e conduzir-vos para a terra de Israel;
e quando eu abrir as vossas sepulturas
e vos fizer sair delas, sabereis que eu sou o Senhor.
Porei em vós o meu espírito,
para que vivais e vos colocarei em vossa terra.
Então sabereis que eu, o Senhor, digo e faço
– oráculo do Senhor’.
Palavra do Senhor.

A pessoa encarregada de ler o salmo coloca-se de pé, enquanto os outros permanecem sentados.

Salmo 129

R. No Senhor, toda graça e redenção!

Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece! R.

Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero. R.

No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
A minh’alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora. R.

Espere Israel pelo Senhor,
pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa. R.

O encarregado da segunda leitura coloca-se de pé.

SEGUNDA LEITURA (Rm 8, 8-11)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 8,8-11

Irmãos:
Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
Vós não viveis segundo a carne,
mas segundo o Espírito,
se realmente o Espírito de Deus mora em vós.
Se alguém não tem o Espírito de Cristo,
não pertence a Cristo.
Se, porém, Cristo está em vós,
embora vosso corpo esteja ferido de morte
por causa do pecado,
vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça.
E, se o Espírito daquele
que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós,
então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os
mortos vivificará também vossos corpos mortais
por meio do seu Espírito que mora em vós.
Palavra do Senhor.

Todos se levantam no momento em que se recita ou canta a aclamação do Evangelho:

Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;

quem me segue terá a luz da vida.

Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

Em seguida, passa-se à leitura do Evangelho.

EVANGELHO (João 11, 1-45)

Evangelho segundo São João 11,1-45

Naquele tempo:
Havia um doente, Lázaro, que era de Betânia,
o povoado de Maria e de Marta, sua irmã.
Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume
e enxugara os pés dele com seus cabelos.
O irmão dela, Lázaro, é que estava doente.
As irmãs mandaram então dizer a Jesus:
‘Senhor, aquele que amas está doente.’
Ouvindo isto, Jesus disse:
‘Esta doença não leva à morte;
ela serve para a glória de Deus,
para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.’
Jesus era muito amigo de Marta,
de sua irmã Maria e de Lázaro.
Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou
ainda dois dias no lugar onde se encontrava.
Então, disse aos discípulos:
‘Vamos de novo à Judéia.’
Os discípulos disseram-lhe:
Mestre, ainda há pouco os judeus queriam
apedrejar-te, e agora vais outra vez para lá?’
Jesus respondeu:
‘O dia não tem doze horas?
Se alguém caminha de dia, não tropeça,
porque vê a luz deste mundo.
Mas se alguém caminha de noite, tropeça,
porque lhe falta a luz’.
Depois acrescentou:
‘O nosso amigo Lázaro dorme. Mas eu vou acordá-lo.’
Os discípulos disseram:
‘Senhor, se ele dorme, vai ficar bom.’
Jesus falava da morte de Lázaro,
mas os discípulos pensaram que falasse do sono mesmo.
Então Jesus disse abertamente:
‘Lázaro está morto.
Mas por causa de vós, alegro-me por não ter estado lá,
para que creiais. Mas vamos para junto dele’.
Então Tomé, cujo nome significa Gêmeo,
disse aos companheiros:
‘Vamos nós também para morrermos com ele’.
Quando Jesus chegou,
encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias.
Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém.
Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria
para as consolar por causa do irmão.
Quando Marta soube que Jesus tinha chegado,
foi ao encontro dele.
Maria ficou sentada em casa.
Então Marta disse a Jesus:
‘Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido.
Mas mesmo assim, eu sei que
o que pedires a Deus, ele to concederá.’
Respondeu-lhe Jesus: ‘Teu irmão ressuscitará.’
Disse Marta:
‘Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia.’
Então Jesus disse:
‘Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim,
não morrerá jamais. Crês isto?’
Respondeu ela: ‘Sim, Senhor, eu creio firmemente
que tu és o Messias, o Filho de Deus,
que devia vir ao mundo.’
Depois de ter dito isto,
ela foi chamar a sua irmã, Maria, dizendo baixinho:
‘O Mestre está aí e te chama’.
Quando Maria ouviu isso,
levantou-se depressa e foi ao encontro de Jesus.
Jesus estava ainda fora do povoado,
no mesmo lugar onde Marta se tinha encontrado com ele.
Os judeus que estavam em casa consolando-a,
quando a viram levantar-se depressa e sair,
foram atrás dela,
pensando que fosse ao túmulo para ali chorar.
Indo para o lugar onde estava Jesus,
quando o viu, caiu de joelhos diante dele e disse-lhe:
‘Senhor, se tivesses estado aqui,
o meu irmão não teria morrido.’
Quando Jesus a viu chorar, e também os que
estavam com ela, estremeceu interiormente,
ficou profundamente comovido,
e perguntou: ‘Onde o colocastes?’
Responderam: ‘Vem ver, Senhor.’
E Jesus chorou.
Então os judeus disseram:
‘Vede como ele o amava!’
Alguns deles, porém, diziam:
‘Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também
ter feito com que Lázaro não morresse?’
De novo, Jesus ficou interiormente comovido.
Chegou ao túmulo.
Era uma caverna, fechada com uma pedra.
Disse Jesus: ‘Tirai a pedra’!
Marta, a irmã do morto, interveio:
‘Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias.’
Jesus lhe respondeu:
‘Não te disse que, se creres,
verás a glória de Deus?’
Tiraram então a pedra.
Jesus levantou os olhos para o alto e disse:
‘Pai, eu te dou graças porque me ouviste.
Eu sei que sempre me escutas.
Mas digo isto por causa do povo que me rodeia,
para que creia que tu me enviaste.’
Tendo dito isso, exclamou com voz forte:
‘Lázaro, vem para fora!’
O morto saiu,
atado de mãos e pés com os lençóis mortuários
e o rosto coberto com um pano.
Então Jesus lhes disse:
‘Desatai-o e deixai-o caminhar!’
Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria
e viram o que Jesus fizera, creram nele.
Palavra da Salvação.

A leitura conclui sem aclamação. Todos se sentam, e o condutor volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

«‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?’»

Permanecemos cinco minutos em silêncio para meditar. Em seguida, todos se levantam e professam a fé da Igreja, recitando o símbolo dos apóstolos.

Creio em Deus Pai todo-poderoso,

criador do céu e da terra;

e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor;

que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;

nasceu na Virgem Maria,

padeceu sob Pôncio Pilatos,

foi crucificado morto e sepultado;

desceu à mansão dos mortos;

ressuscitou ao terceiro dia;

subiu aos céus,

está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,

donde há de vir a julgar os vivos e os mortos;

creio no Espírito Santo,

na santa Igreja Católica,

na comunhão dos santos,

na remissão dos pecados,

na ressurreição da carne,

na vida eterna. Amém

Todos permanecem de pé para invocar a oração dos fiéis, segundo tenha sido preparada ou seguindo esta fórmula.

ORAÇÃO DOS FIÉIS

Confirmados em nossa fé pelo regresso à vida de Lázaro,

imploremos com confiança ao Pai que escuta seu Filho:

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Para que, longe de perder-se na tempestade,

a barca da tua Igreja se converta em um refúgio para todos.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Para que cresça nos catecúmenos o desejo do batismo.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Para que os homens e mulheres de boa vontade descubram,

em meio às tribulações, o sentido de sua vida, escutando Tua Palavra.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Para que nossas famílias sejam animadas pela paciência e a ternura.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Por todas as pessoas atribuladas pelo confinamento.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Para que os pesquisadores, médicos e pessoal da saúde

encontrem a força para continuar seu trabalho com espírito de serviço.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Para que as pessoas hospitalizadas e suas famílias

superem a provação da enfermidade.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Pelos defuntos que tu chamas à ressurreição.

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Cada um pode compartilhar uma intenção de oração, ao final da qual todos respondem:

R/ Nós te rogamos, Senhor.

Ao final, o condutor introduz a oração do Senhor:

Unidos no Espírito e na comunhão da Igreja,

fiéis à recomendação do Salvador,

ousamos dizer:

Reza-se o Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,

santificado seja o vosso Nome,

venha a nós o vosso Reino,

seja feita a vossa vontade

assim na terra como no Céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje,

perdoai-nos as nossas ofensas

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido,

e não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do Mal.

E imediatamente todos prosseguem proclamando: 

Teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

O condutor convida a dar a paz: 

Acabamos de juntar nossa voz

à do Senhor Jesus para rezar ao Pai.

Nós somos filhos no Filho.

Na caridade que nos une,

renovados pela Palavra de Deus,

podemos trocar um gesto de paz,

sinal de comunhão

que recebemos do Senhor.

Faz-se o gesto da paz.

Sentamo-nos.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

O condutor diz:

Como não podemos receber a comunhão sacramental,

O Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual,

também chamada de “comunhão do desejo”.

O Concílio de Trento nos lembra que

“trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial,

unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade,

  e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”.

O valor da nossa comunhão espiritual

portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia,

como fonte de vida, amor e unidade,

e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

Com esta disposição, convido-vos a reclinar a cabeça,

fechar os olhos e viver um momento de recolhimento.

Silêncio

No mais profundo de nossos corações

deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,

em comunhão sacramental,

e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,

amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

Permanecemos cinco minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo.

Podemos cantar um cântico de ação de graças.

Colocamo-nos de pé.

O condutor pronuncia, em nome de todos, a fórmula da bênção:

Pela intercessão de São N.

[padroeiro da paróquia],

de todos os santos e santas de Deus,

que o Senhor da perseverança e da fortaleza

ajude-nos a viver o espírito de

sacrifício, compaixão e amor de Jesus Cristo.

Desta forma, em comunhão com o Espírito Santo,

daremos glória a Deus,

Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,

pelos séculos dos séculos.

Amém.

É possível concluir a celebração elevando um cântico à Virgem Maria.

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