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Nós, cristãos, temos o que o mundo mais precisa neste momento

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Tom Hoopes - publicado em 31/03/20
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Temos esperança em abundância, pois nossa fé foi construída em cima do sofrimento. Nossa missão é compartilhar essa virtude O sobrevivente do holocausto Viktor Frankl escreveu sobre as vítimas do genocídio: “Eles morreram menos por falta de comida ou remédio do que por falta de esperança, falta de motivo para viver”.

Quando São Pedro disse: “Esteja sempre pronto para dar uma razão para sua esperança”, ele queria dizer para estamos prontos para tempos de crise como o que o mundo enfrenta hoje.

Temos em abundância o que o mundo mais precisa agora: esperança. Nosso trabalho é compartilhá-la. Como?

Primeiro: aguente as dificuldades que você enfrenta com esperança. Como Dan Burke fez. Amigos de Colorado Springs nos enviaram um e-mail pedindo orações por nosso velho amigo, Dan Burke, do Instituto Avila, que está infectado com o coronavírus e em estado grave, pois ele tem uma doença genética nos pulmões. No último curso on-line que ele ministrou antes de ir para o hospital, “ele estava totalmente em paz, embora ofegante”, disse um participante, “e estava nos aconselhando sobre a paz de Deus”: “Eu quero que todos vocês olhem para mim”, disse Dan. “É disso que você tem medo? Mas estou lhe dizendo para não ter medo. Deus é o doador e tomador da vida e eu confio nele.

Segundo: esteja pronto para explicar o sofrimento da melhor maneira possível. Somente os cristãos conhecem uma informação crucial: ao sofrer, compartilhamos a própria vida de Deus. Jesus Cristo, que é a Palavra, que ordena o universo, entrou na família humana para compartilhar nosso sofrimento. Ao fazer isso, ele mudou tudo. “A Palavra se fez carne e habitou entre nós”, diz o Evangelho de João. São João Paulo II explica o que isso significa: “Através da união do Coração de Jesus à Pessoa da Palavra de Deus, podemos dizer: em Jesus, Deus ama humanamente, sofre humanamente, se alegra humanamente. E vice-versa: em Jesus, o amor humano, o sofrimento humano, a glória humana adquirem intensidade e poder divinos”. De fato, toda a nossa fé é construída em torno do sofrimento: a Igreja foi fundada na crucificação de nosso líder e depois cresceu por perseguição e martírio. Temos um tempo penitencial mais longo do que qualquer outra religião importante, juntamente com uma sexta-feira penitencial semanal. Colocamos a cruz no meio de nossas igrejas, no meio da nossa vida. Eu tento sempre ficar preparado com minhas respostas para o problema do sofrimento. Desenvolva as suas. Comece com os ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica (especialmente o nº 309 e os seguintes). Na oração, encontre a esperança, para que você possa compartilhá-la.

Terceiro: alivie o sofrimento dos outros. Como Ryan Lobb fez. Foi inspirador ver tantas pessoas se sacrificando tanto por aqueles que correm maior risco, e ver as maneiras criativas pelas quais as pessoas estão servindo aos outros. Aqui em Atchison, Kansas, um aluno reuniu seus amigos e fundou a Associação de Voluntários do Coronavírus de Atchison. Suas razões apontam para o coração da mensagem cristã. “Ainda que não saibamos, estamos preparados para uma crise como esta”, disse Ryan. Nossa fé “nos formou para sermos as mãos e os pés de Jesus nestes tempos desesperadores. Trabalhei em uma mercearia por seis anos e vi como era difícil para os idosos comprarem mantimentos”, disse Ryan. “Não queremos que ninguém se sinta um fardo ao nos procurar com qualquer tipo de assistência”. Lobb desafiou os outros “a não desperdiçar esta oportunidade que nos foi dada para servir os necessitados em qualquer capacidade que pudermos”. Se a Igreja compreende exclusivamente o sofrimento, é apenas porque, para nós, o amor é fundamental. João resume a razão da encarnação como “Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu único filho”. Atos resume Jesus não apenas descrevendo sua morte, mas dizendo “ele fez o bem”. Tertuliano não disse apenas “o sangue dos mártires é a semente da Igreja”. Ele também disse que a caridade da Igreja atraiu seguidores, que disseram: “Veja como eles se amam”. Os católicos não têm apenas o mais longo tempo penitencial do mundo; também temos os esforços de caridade mais amplos do mundo. O amor vem naturalmente para nós.

Por fim: compartilhe esperança e unidade, não a divisão. Sei que algumas pessoas estão gastando muito tempo e esforço acompanhando as pontuações partidárias no Facebook. Cada lado tem ótimos pontos de discussão sobre como o outro lado é um vilão. Uma maneira muito mais útil de gastar energia é espalhar as várias maneiras pelas quais a crise do coronavírus nos uniu. Você está no lugar certo para fazer isso. A Aleteia tem sido um notável farol de esperança na crise, pois compartilha palavras inspiradoras do Papa, histórias inspiradoras de sacrifício e histórias emocionantes de heroísmo cotidiano.

Espalhe a palavra. Espalhe a esperança. Isso é necessário agora, mais do que nunca!

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