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Espiritualidade
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Como celebrar em casa a Quarta-feira Santa

PRAY

Rob Marmion | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 06/04/20

O roteiro completo para você fazer em sua casa a Celebração da Palavra da Quarta-feira Santa

Para santificar esta Quarta-feira Santa, a Aleteia, em colaboração com a revista Magnificat, oferece esta Celebração da Palavra de Deus para você fazer em sua casa.

ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO:

  • Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da missa deste domingo ou acompanhar a missa pela televisão.
  • Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.
  • Pode ser celebrada na noite de sábado (vigília do domingo) e na tarde do domingo. No entanto, a manhã de domingo é o momento mais apropriado.
  • Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
  • Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
  • Deve-se colocar uma cruz ou o crucifixo.
  • Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
  • Se você tem flores no jardim, colha algumas para colocá-las no ambiente de oração, pois sua presença é particularmente indicada neste domingo Laetare, em previsão da alegria da Páscoa. 
  • Designa-se uma pessoa para dirigir a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família.
  • A pessoa encarregada de dirigir a oração estabelecerá a duração dos momentos de silêncio.
  • Serão designados leitores para as leituras.
  • Preparar-se-á com antecedência a oração universal (que aparece neste guia) e se designará uma pessoa para sua leitura.
  • Podem-se preparar os cantos apropriados.

QUARTA-FEIRA SANTA

Celebração da Palavra

 “O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que o trair.”

Sentados. O condutor da celebração toma a palavra: 

Irmãos e irmãs,
nesta Quarta-feira Santa,
concentremo-nos em Cristo Jesus,
para entrar com Ele em sua Paixão.

Aproximam-se os dias em que Jesus, nosso Salvador,
sofreu por nós e ressuscitou em glória.
Na escuridão em que estamos mergulhados,
Ele é a nossa luz e salvação.

Em sua luz,
cientes de nossos limites e fraquezas,
assim como do mal que nossos pecados causam,
queremos expressar nossa confiança
na Paixão do Filho amado,
e dar-lhe graças
por ter nos dado
a maior prova de amor.

Pausa

Jesus, embora as circunstâncias nos impeçam
de perpetuar a oferenda da tua vida
através da celebração da Eucaristia,
nos pede para atualizá-la, agora mais do que nunca,
amando um aos outros,
como tu nos amaste.

Depois de um verdadeiro momento de silêncio, todos se levantam e fazem o sinal da cruz dizendo:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

O condutor continua:

Para nos prepararmos para receber a Palavra de Deus
para que ela possa nos regenerar,
reconheçamos nossos pecados.

Segue o rito penitencial.

Senhor, tem piedade de nós.
Porque pecamos contra ti.
Mostre-nos, Senhor, sua misericórdia.
E nos dê sua salvação.
Que Deus Todo-Poderoso tenha piedade de nós,
perdoe nossos pecados,
e nos conduza à vida eterna.

Amén.

Recitamos ou cantamos:

Senhor, tende piedade.
Senhor, tende piedade.
Cristo, tende piedade.
Cristo, tende piedade.
Senhor, tende piedade.
Senhor, tende piedade.

ORAÇÃO

O condutor recita a oração:

Pai misericordioso,
que, para nos libertar do poder do inimigo,
quiseste que seu filho sofresse por nós o suplício da cruz,
conceda-nos alcançar a graça da ressurreição.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que vive e reina contigo na unidade do Espírito Santo
e é Deus pelos séculos dos séculos.

Amém

Em seguida, leem-se as leituras da missa da Segunda-feira Santa. A pessoa encarregada da primeira leitura permanece de pé, enquanto as outras pessoas ficam sentadas.

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do Profeta Isaías (50,4-9a)

O Senhor Deus deu-me língua adestrada,
para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida;
ele me desperta cada manhã
e me excita o ouvido,
para prestar atenção como um discípulo.
O Senhor abriu-me os ouvidos;
não lhe resisti nem voltei atrás.
Ofereci as costas para me baterem
e as faces para me arrancarem a barba:
não desviei o rosto
de bofetões e cusparadas.
Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador,
por isso não me deixei abater o ânimo,
conservei o rosto impassível como pedra,
porque sei que não sairei humilhado.
A meu lado está quem me justifica;
alguém me fará objeções? Vejamos.
Quem é meu adversário? Aproxime-se.
Sim, o Senhor Deus é meu Auxiliador;
quem é que me vai condenar?
Palavra do Senhor.

A pessoa encarregada de ler o salmo coloca-se de pé, enquanto os outros permanecem sentados.

Salmo 68, 8-10. 21bcd-22. 31. 33-34 (R. 14cb)

R. Respondei-me pelo vosso imenso amor,
neste tempo favorável, Senhor Deus.

Por vossa causa é que sofri tantos insultos,
e o meu rosto se cobriu de confusão;
eu me tornei como um estranho a meus irmãos,
como estrangeiro para os filhos de minha mãe.
Pois meu zelo e meu amor por vossa casa
me devoram como fogo abrasador;
e os insultos de infiéis que vos ultrajam
recaíram todos eles sobre mim! R/

O insulto me partiu o coração;
Eu esperei que alguém de mim tivesse pena;
procurei quem me aliviasse e não achei!
Deram-me fel como se fosse um alimento,
em minha sede ofereceram-me vinagre! R/

Cantando eu louvarei o vosso nome
e agradecido exultarei de alegria!
Humildes, vede isto e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá,
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres,
e não despreza o clamor de seus cativos. R/

EVANGELHO

Todos se levantam no momento em que se recita ou canta a aclamação do Evangelho:

R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.
Salve, Rei nosso, obediente ao Pai,
foste levado à crucificação
como cordeiro manso à matança.
R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

O leitor encarregado do Evangelho fará a leitura de forma clara e pausada

Evangelho segundo São João (26, 14-25)

Naquele tempo:
Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes,
foi ter com os sumos sacerdotes
e disse: ‘O que me dareis se vos entregar Jesus?’
Combinaram, então, trinta moedas de prata.
E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade
para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos,
os discípulos aproximaram-se de Jesus
e perguntaram: ‘Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?’
Jesus respondeu: ‘Ide à cidade,
procurai certo homem e dizei-lhe:
‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo,
vou celebrar a Páscoa em tua casa,
junto com meus discípulos’.’
Os discípulos fizeram como Jesus mandou
e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa
com os doze discípulos.
Enquanto comiam, Jesus disse:
‘Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair.’
Eles ficaram muito tristes
e, um por um, começaram a lhe perguntar:
‘Senhor, será que sou eu?’
Jesus respondeu:
‘Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato.
O Filho do Homem vai morrer,
conforme diz a Escritura a respeito dele.
Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem!
Seria melhor que nunca tivesse nascido!’
Então Judas, o traidor, perguntou:
‘Mestre, serei eu?’
Jesus lhe respondeu: ‘Tu o dizes.’
Palavra da Salvação.

A leitura conclui sem aclamação. Todos se sentam, e o condutor volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

No profundo do nosso coração marcado pelo pecado,
deixemos ecoar esta palavra do Senhor,
que é endereçada pessoalmente a cada um de nós:

“Nosso Deus atende à prece dos seus pobres,
e não despreza o clamor de seus cativos.”

Permanecemos cinco minutos em silêncio para meditar. Em seguida, todos se levantam e professam a fé da Igreja, recitando o símbolo dos apóstolos.

Unidos no Espírito e na comunhão da Igreja,
fiéis à recomendação do Salvador,
ousamos dizer:

Reza-se o Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.

E imediatamente todos prosseguem proclamando: 

Teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

O condutor convida a dar a paz: 

Acabamos de juntar nossa voz
à do Senhor Jesus para rezar ao Pai.
Nós somos filhos no Filho.
Na caridade que nos une,
renovados pela Palavra de Deus,
podemos trocar um gesto de paz,
sinal de comunhão
que recebemos do Senhor.

Faz-se o gesto da paz.

Sentamo-nos.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

O condutor diz:

Como não podemos receber a comunhão sacramental, o Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual, também chamada de “comunhão do desejo”. O Concílio de Trento nos lembra que “trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial, unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade, e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”. O valor da nossa comunhão espiritual portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia, como fonte de vida, amor e unidade, e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

Com esta disposição, convido-vos a reclinar a cabeça, fechar os olhos e viver um momento de recolhimento.

Silêncio

No mais profundo de nossos corações
deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,
em comunhão sacramental,
e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,
amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

Permanecemos cinco minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo.

Podemos cantar um cântico de ação de graças.

Colocamo-nos de pé e juntos pronunciamos esta oração.

Fica conosco, Senhor,
quando em torno de nossa fé católica
surgem as névoas da dúvida,
do cansaço ou da dificuldade:
você, que é a Verdade mesma como revelador do Pai,
ilumina nossas mentes com sua Palavra;
ajude-nos a sentir a beleza de acreditar em ti.

BÊNÇÃO

O condutor pronuncia, em nome de todos, a fórmula da bênção:

Pela intercessão de São N.
[padroeiro da paróquia],
de todos os santos e santas de Deus,
que o Senhor da perseverança e da fortaleza
ajude-nos a viver o espírito de
sacrifício, compaixão e amor de Jesus Cristo.

Desta forma, em comunhão com o Espírito Santo,
daremos glória a Deus,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelos séculos dos séculos.

Amém.

Todos juntos olhando para a cruz pedem a bênção do Senhor:

O Senhor nos abençoe e proteja, ilumine seu rosto sobre nós e nos conceda o seu favor.

Amém.

Todos fazem o sinal da cruz.

Os pais podem fazer o sinal da cruz na testa dos filhos pequenos.

É possível concluir a celebração elevando um cântico à Virgem Maria.

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