Protegido pela vidraça, o pequeno Ollie pode ser admirado pelos avós que o visitavam pela primeira vezCom a pandemia do coronavírus e a quarentena, papais recém-chegados da maternidade têm redobrado os cuidados com seus bebês. Devido aos altos riscos de transmissão de doenças, chamadas em vídeos e fotografias estão entre as estratégias encontradas para apresentar o novo membro aos avós, tios, primos e amigos.
E foi nesse contexto que o pequeno Ollie chegou ao mundo. Quando nasceu, no dia 9 de março, os moradores da cidade de Dublin (Irlanda) viviam seus primeiros dias de isolamento, medida que atrapalhou completamente os planos da família.
Durante toda a gestação, a intenção dos pais de Ollie, Hannah Levins e Denis Cummins, era ter a vovó Paula Norris por perto logo após o parto para que os ajudasse com seus outros dois filhos – Penny, de três, e Lewie, de 14 anos.
Porém, com os avanços no número de casos do COVID-19 na Irlanda, tanto o bebê quanto a vovó passaram a necessitar de medidas altamente preventivas e que eliminavam por completo o contato físico entre ambos.
Em entrevista ao site Metro.co.uk, Hannah declarou que, devido à cesárea ao qual foi submetida, ela e o bebê passaram quatro dias no hospital e, nesse interim, acompanhou a internação do primeiro paciente com coronavírus no hospital em que estava.
“Enquanto eu estava lá, pude ver as coisas mudando. Havia menos funcionários, as atividades dos residentes foram interrompidas porque houve um surto da doença na universidade. Mas, mesmo assim, as parteiras estavam trabalhando o tempo todo e fazendo um trabalho fantástico”, declarou Hanna ao site.
E detalhou: “não havia visitantes permitidos, exceto os pais, mas isso também mudou, e então havia muitos outros visitantes insatisfeitos fora do hospital com os quais a equipe de segurança tinha que lidar.”
Ela disse ainda que, os avanços dos casos de COVID-19 foram tão rápidos durante sua internação que as medidas de distanciamento social que foram adotadas na cidade acabaram por tornar sua alta hospitalar em uma experiência surreal.
“O dia em que estávamos indo para casa foi um pouco assustador. Dentro do hospital, estávamos seguros, mas andando lá fora, havia uma sensação de pânico e aborrecimento. Havia filas de pessoas desesperadas em lojas. Fiquei aliviada quando cheguei com Ollie em casa”, disse Hannah.
Mas, segundo ela, a grande questão que impediam os avós de conhecer Ollie de perto foi o fato de colegas da vovó Paula testarem positivo para o COVID-19. “Isso foi difícil. Esse é o neto número oito deles, e possivelmente será o mais novo por algum tempo”, acrescentou.
Mas, mesmo impedida de entregar seu bebê para os braços da avó, Hannah e Denis decidiram apresentar Ollie aos avós Paula e Hubert pela janela. “Isso pode parecer uma foto triste, mas na verdade foi um momento positivo e feliz para nós. Foi muito difícil não senti-los próximos, porém pudemos abrir a outra janela para conversar um pouco. E foi agradável”, explicou a mamãe.
Para Hannah, passar pela recuperação sem a ajuda de Paula torna o momento ainda mais difícil, mas o importante é que todos estejam bem. “Minha Penny, de três anos, é muito animada e mal consegue conter a ansiedade para abraçar o irmão caçula. Seria bom ter um par extra de mãos às vezes, mas estamos fazendo o melhor possível”, completou.
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