Durante a Semana Santa, um dos salmos mais poderosos para meditar e rezar é aquele que o próprio Jesus recitou quando estava na cruzA beleza do livro dos Salmos reside no fato de que os textos foram escritos de coração. Eles geralmente expressam os sentimentos pessoais de alguém em perigo e em meio à ansiedade.
São reflexões que sempre terminam em esperança, na ânsia pela alegria que virá das mãos de Deus.
Durante a Semana Santa, um dos salmos mais poderosos para meditar e rezar é o Salmo 22 (21), um salmo que o próprio Jesus orou enquanto estava na cruz. Ainda mais, se você se encontrar em uma situação semelhante a Jesus, sozinho, esquecido e com grande aflição, esse salmo pode confortá-lo e trazer-lhe paz.
Aqui está um trecho do Salmo:
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? E permaneceis longe de minhas súplicas e de meus gemidos?
Meu Deus, clamo de dia e não me respondeis; imploro de noite e não me atendeis.
Entretanto, vós habitais em vosso santuário, vós que sois a glória de Israel.
Nossos pais puseram sua confiança em vós, esperaram em vós e os livrastes.
A vós clamaram e foram salvos; confiaram em vós e não foram confundidos.
Eu, porém, sou um verme, não sou homem, o opróbrio de todos e a abjeção da plebe.
Todos os que me vêem zombam de mim; dizem, meneando a cabeça:
“Esperou no Senhor, pois que ele o livre, que o salve, se o ama”.
Sim, fostes vós que me tirastes das entranhas de minha mãe e, seguro, me fizestes repousar em seu seio.
Eu vos fui entregue desde o meu nascer, desde o ventre de minha mãe vós sois o meu Deus.
Não fiqueis longe de mim, pois estou atribulado; vinde para perto de mim, porque não há quem me ajude.
Cercam-me touros numerosos, rodeiam-me touros de Basã;
contra mim eles abrem suas fauces, como o leão que ruge e arrebata.
Derramo-me como água, todos os meus ossos se desconjuntam; meu coração tornou-se como cera e derrete-se nas minhas entranhas.
Minha garganta está seca qual barro cozido, pega-se no paladar a minha língua: vós me reduzistes ao pó da morte.
Sim, rodeia-me uma malta de cães, cerca-me um bando de malfeitores. Traspassaram minhas mãos e meus pés:
poderia contar todos os meus ossos. Eles me olham e me observam com alegria,
repartem entre si as minhas vestes, e lançam sorte sobre a minha túnica.
Porém, vós, Senhor, não vos afasteis de mim; ó meu auxílio, bem depressa me ajudai.
Livrai da espada a minha alma, e das garras dos cães a minha vida.
Salvai-me a mim, mísero, das fauces do leão e dos chifres dos búfalos
Então, anunciarei vosso nome a meus irmãos, e vos louvarei no meio da assembleia.
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