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Como celebrar em casa a Segunda-feira de Páscoa

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By Aquarius Studio | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 12/04/20

O roteiro completo para você fazer em sua casa a Celebração da Palavra da Segunda-feira de Páscoa

A celebração da Páscoa continua nas próximas semanas, até culminar em Pentecostes. Até o final do período de confinamento por causa do coronavírus, a Aleteia, em colaboração com a revista Magnificat, continuará oferecendo estes guias para você realizar na sua casa a Celebração da Palavra de Deus.

ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO:

  • Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da missa deste domingo ou acompanhar a missa pela televisão.
  • Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.
  • Pode ser celebrada na noite de sábado (vigília do domingo) e na tarde do domingo. No entanto, a manhã de domingo é o momento mais apropriado.
  • Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
  • Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
  • Deve-se colocar uma cruz ou o crucifixo.
  • Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
  • Se você tem flores no jardim, colha algumas para colocá-las no ambiente de oração, pois sua presença é particularmente indicada neste domingo Laetare, em previsão da alegria da Páscoa. 
  • Designa-se uma pessoa para dirigir a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família.
  • A pessoa encarregada de dirigir a oração estabelecerá a duração dos momentos de silêncio.
  • Serão designados leitores para as leituras.
  • Preparar-se-á com antecedência a oração universal (que aparece neste guia) e se designará uma pessoa para sua leitura.
  • Podem-se preparar os cantos apropriados.

SEGUNDA-FEIRA DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Celebração da Palavra

 “Cristo ressuscitou verdadeiramente”

Sentados. O condutor da celebração toma a palavra: 

Irmãos e irmãs,
na manhã de Páscoa ergueu-se uma nova aurora
de uma humanidade transfigurada pela ressurreição,
a ressurreição de Jesus de Nazaré, nosso Deus e Salvador.
Infinito amor de nosso Pai que está no Céu,
testemunho supremo de sua ternura:
para libertar-nos das forças do mal e da morte,
que nos tinham tomado como escravos,
Ele ofereceu como resgate seu amado Filho,
o único gerado por seu amor,
até o ponto de nos entregá-lo como irmão em humanidade,
para que com Ele alcancemos
a vitória do amor, a vitória da vida,
e nele herdemos a felicidade eterna.

Em meio a nossa tribulação terrena,
Ele é a nossa esperança,
Ele é nossa luz e nossa salvação.
Iluminados por sua luz divina, tomamos consciência
dos nossos limites e fragilidades,
e dos dano que nossos pecados causam.
Mas encorajados por nossa esperança,
queremos confessar nossa fé em sua Ressurreição,
e dar-lhe graças por ter-nos dado
a maior prova de amor:
a entrega de sua vida por todos nós.

Pausa

Nesta segunda-feira de Páscoa,
circunstâncias excepcionais continuam
a nos impedir de participar da celebração da Eucaristia.
No entanto, hoje mais do que nunca
devemos atualizá-la
amando-nos uns aos outros,
como Tu, Senhor, nos amaste.

Depois de um verdadeiro momento de silêncio, todos se levantam e fazem o sinal da cruz dizendo:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

O condutor continua:

Para nos prepararmos para receber a Palavra de Deus
para que ela possa nos regenerar,
reconheçamos nossos pecados.

Segue o rito penitencial.

Senhor, tende piedade de nós.
Porque pecamos contra ti.
Mostre-nos, Senhor, a tua misericórdia.
E dai-nos a tua salvação.

Que Deus Todo-Poderoso tenha misericórdia de nós,
perdoe os nossos pecados,
e nos conduza à vida eterna.

Amém

Recitamos ou cantamos:

Senhor, tende piedade.
Senhor, tende piedade.
Cristo, tende piedade.
Cristo, tende piedade.
Senhor, tende piedade.
Senhor, tende piedade.

ORAÇÃO

O condutor recita a oração:

O Senhor ressuscitou dos mortos,
como havia dito;
Alegremo-nos e regogizemo-nos
porque Ele reina para sempre. Aleluia.

R/. Aleluia

A pessoa encarregada da primeira leitura permanece de pé, enquanto as outras pessoas ficam sentadas.

PRIMEIRA LEITURA

Leitura dos Atos dos Apóstolos (2,14.22-33)

No dia de Pentecostes,
Pedro de pé, junto com os onze apóstolos,
levantou a voz e falou à multidão:
‘Homens de Israel, escutai estas palavras:
Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus,
junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais
que Deus realizou, por meio dele, entre vós.
Tudo isto vós bem o sabeis.
Deus, em seu desígnio e previsão,
determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos
ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz.
Mas Deus ressuscitou a Jesus,
libertando-o das angústias da morte,
porque não era possível que ela o dominasse.
Pois Davi dele diz:
Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à
minha direita para eu não vacilar.
Alegrou-se por isso meu coração
e exultou minha língua
e até minha carne repousará na esperança.
Porque não deixarás minha alma
na região dos mortos nem permitirás que teu Santo
experimente corrupção.
Deste-me a conhecer os caminhos da vida e
a tua presença me encherá de alegria.
Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza
que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu
sepulcro está entre nós até hoje.
Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara
solenemente que um de seus descendentes
ocuparia o trono.
É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e
anunciou com as palavras:
Ele não foi abandonado na região dos mortos
e sua carne não conheceu a corrupção.
Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus
e disto todos nós somos testemunhas.
E agora, exaltado pela direita de Deus,
Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido
pelo Pai, e o derramou, como estais vendo e ouvindo.
Palavra do Senhor.

O mesmo leitor, ou outro que for designado, lê o Salmo

SALMO (15)

R/. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Aleluia.

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor:
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!

R/. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Aleluia.

Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,
e até de noite me adverte o coração.
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois se o tenho a meu lado não vacilo.

R/. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Aleluia.

Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem vosso amigo conhecer a corrupção.

R/. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Aleluia.

Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!

R/. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Aleluia.
EVANGELHO

Para aclamar o Evangelho, cantamos o Aleluia triunfal:

R/ Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia do triunfo do Senhor,
dia de alegria e júbilo.
R/ Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho segundo São Mateus (28, 8-15)

Naquele tempo:
As mulheres partiram depressa do sepulcro.
Estavam com medo, mas correram com grande alegria,
para dar a notícia aos discípulos.
De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse:
‘Alegrai-vos!’
As mulheres aproximaram-se,
e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.
Então Jesus disse a elas: ‘Não tenhais medo.
Ide anunciar aos meus irmãos
que se dirijam para a Galiléia.
Lá eles me verão.’
Quando as mulheres partiram,
alguns guardas do túmulo foram à cidade,
e comunicaram aos sumos sacerdotes
tudo o que havia acontecido.
Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos,
e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados,
dizendo-lhes:
‘Dizei que os discípulos dele foram durante a noite
e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis.
Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos.
Não vos preocupeis.’
Os soldados pegaram o dinheiro,
e agiram de acordo com as instruções recebidas.
E assim, o boato espalhou-se entre os judeus,
até ao dia de hoje.
Palavra da Salvação.

O Evangelho conclui sem aclamação. Todos se sentam. O condutor volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

No profundo do nosso coração marcado pelo pecado,
deixemos ecoar esta palavra do Senhor,
que é endereçada pessoalmente a cada um de nós:

“Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!”
Aleluia, aleluia.

Permanecemos três minutos em silêncio para meditar. 

PAI NOSSO

O condutor da celebração introduz o Pai Nosso

Unidos no Espírito e na comunhão da Igreja,
fiéis à recomendação do Salvador,
ousamos dizer:

Reza-se o Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.

E imediatamente todos prosseguem proclamando: 

Teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

O condutor segue dizendo: 

Acabamos de juntar nossa voz
à do Senhor Jesus para rezar ao Pai.
Nós somos filhos no Filho.
Na caridade que nos une,
renovados pela Palavra de Deus,
podemos trocar um gesto de paz,
sinal de comunhão
que recebemos do Senhor.

Faz-se o gesto da paz.

Sentamo-nos.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

O condutor diz:

Como não podemos receber a comunhão sacramental, o Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual, também chamada de “comunhão do desejo”. O Concílio de Trento nos lembra que “trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial, unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade, e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”. O valor da nossa comunhão espiritual portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia, como fonte de vida, amor e unidade, e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

Com esta disposição, convido-vos a reclinar a cabeça, fechar os olhos e viver um momento de recolhimento.

Silêncio

No mais profundo de nossos corações
deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,
em comunhão sacramental,
e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,
amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

Permanecemos cinco minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo. Podemos elevar um canto de ação de graças. Colocamo-nos de pé, e todos juntos pronunciam esta oração:

Nós te pedimos, Senhor,
que a graça do mistério pascal
preencha totalmente nosso espírito,
para que os que entramos
no caminho da salvação
sejamos dignos de alcançar
todos os seus benefícios.
Através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém

ORAÇÃO DE BÊNÇÃO

O condutor da Celebração, com as mãos juntas, pronuncia em nome de todos a fórmula da bênção:

Pela intercessão de São N.
[padroeiro da paróquia],
de todos os santos e santas de Deus,
que o Senhor da perseverança e da fortaleza
ajude-nos a viver o espírito de
sacrifício, compaixão e amor de Jesus Cristo.
Desta forma, em comunhão com o Espírito Santo,
daremos glória a Deus,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelos séculos dos séculos.

R. Amém.

Todos juntos olhando para a cruz pedem a bênção do Senhor:

A graça de Deus desça sobre nós e permaneça para sempre. Amém.

Todos fazem o sinal da cruz.
Os pais podem fazer o sinal da cruz na testa dos filhos pequenos.
É possível concluir a celebração elevando um cântico à Virgem Maria.

Regina caeli, laetare, alleluia,
quia quem meruisti portare, alleluia,
resurrexit sicut dixit, alleluia;
ora pro nobis Deum, alleluia.

Reina del cielo, alégrate, aleluya.
Porque aquel a quien mereciste llevar, aleluya,
resucitó según su palabra, aleluya.
Ruega al Señor por nosotros, aleluya.

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