“Rezemos por eles que estão sempre a serviço destas pessoas com diferentes habilidades, mas que não têm as habilidades que nós temos”O Papa Francisco rezou e agradeceu pelo trabalho dos profissionais da área da saúde que atendem pessoas com deficiência que foram infectadas pela Covid-19.
Em sua missa de hoje na Casa Santa Marta, o Papa contou que recebeu uma carta de uma freira que falava dessa situação.
Ontem recebi uma carta de uma freira, que trabalha como tradutora na língua dos sinais para surdos-mudos, e me falava do trabalho tão difícil que os profissionais da saúde, os enfermeiros, os médicos, têm com as pessoas com deficiências que contraíram a Covid-19.
Rezemos por eles que estão sempre a serviço destas pessoas com diferentes habilidades, mas que não têm as habilidades que nós temos.
Já em sua homilia de hoje, o Papa comentou a passagem dos Atos dos Apóstolos (At 4,13-21) em que os chefes religiosos ameaçam veementemente Pedro e João a não ensinar em nome de Jesus.
A coragem e a franqueza com as quais os primeiros apóstolos pregavam. Por exemplo, o Livro dos Atos dos Apóstolos está cheio disso: diz que Paulo e Barnabé buscavam explicar com franqueza aos judeus o mistério de Jesus e pregavam o Evangelho com franqueza.
Francisco enfatizou a coragem e a franqueza necessárias para ser cristão.
Retomar a franqueza: se não vem, você não é um bom cristão. Se não tem a coragem, se para explicar a sua posição escorrega nas ideologias ou nas explicações casuísticas, lhe falta aquela franqueza, lhe falta aquele estilo cristão, a liberdade de falar, de dizer tudo. A coragem.
Muitas vezes, em seu esforço de testemunho e pregação, os cristãos enfrentam corações fechados e até mesmo com corações corrompidos
Este é um dos dramas: a força do Espírito Santo que se manifesta nesta franqueza da pregação, nesta loucura da pregação, não pode entrar nos corações corrompidos. Por isso, estejamos atentos: pecadores sim, corrompidos jamais. E não chegar a essa corrupção que tem muitos modos de manifestar-se…
Francisco enfatizou que a parresía é um dom.
O dom do Espírito Santo: a franqueza, a coragem, a parresía é um dom, uma graça que o Espírito Santo dá no dia de Pentecostes. Propriamente após terem recebido o Espírito Santo foram pregar: de certo modo corajosos, uma coisa nova para eles. Esta é a coerência, o sinal do cristão, do verdadeiro cristão: é corajoso, diz toda a verdade porque é coerente.
Segundo o Papa, a própria saudação de Jesus é com a força do Espírito Santo.
“Recebeis o Espírito Santo – e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura”, ide com coragem, ide com franqueza, não tenhais medo. Não – retomando o versículo da Carta aos Hebreus – “joguem fora a vossa franqueza, não joguem fora este dom do Espírito Santo”. A missão nasce propriamente daí, desse dom que nos torna corajosos, francos no anúncio da Palavra.
“Que o Senhor nos ajude sempre a ser assim: corajosos! Isso não significa imprudentes: não, não. Corajosos. A coragem cristã sempre é prudente, mas é coragem”, rezou o Papa Francisco.
(Com Vatican News)