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Precisamos valorizar quem está na linha de frente

CHRIST THE REDEMEER

CARL DE SOUZA / AFP

Octavio Messias - publicado em 21/04/20

Médicos, enfermeiros, jornalistas e entregadores merecem cuidado

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No último fim de semana ocorreram diversos eventos que apenas contribuíram para dificultar ainda mais a delicada situação que atualmente vivemos. Diversas capitais do país registraram os chamados “buzinaços”, nos quais cidadãos protestaram em carreatas contra as medidas de distanciamento social adotadas em todos os estados brasileiros. Não bastasse esses manifestantes colocarem uns aos outros em risco em momentos de aglomeração, entre carros parados, ainda prejudicaram equipes médicas e pacientes em hospitais.

Médicos do Hospital das Clínicas, em São Paulo, relataram o desespero que foi atender pacientes em condições graves, numa situação atípica como a atual, em meio ao barulho de buzinas e carros de som. Mais do que isso, a manifestação bloqueou uma via que dá acesso ao hospital, dificultando que ambulâncias e pacientes chegassem ao atendimento. 

Nos Estados Unidos, logo que foram decretadas medidas de isolamento social, no começo de março, circulou uma campanha que trazia a imagem de uma equipe médica com a frase: “Estamos aqui por você, fique em casa por nós”. Ou seja, se proteger do novo coronavírus não deve se dar apenas como uma forma de cuidado pessoal, como também de cuidado com o próximo, especialmente com os médicos, que podem contaminar pacientes, além de outros profissionais fundamentais em um momento como o atual, comprometendo a segurança de hospitais inteiros.  

O Brasil registra mais de 8,5 mil casos de afastamento de médicos, enfermeiros e profissionais da saúde por terem contraído a Covid-19. Além de estarem na linha de frente, arriscando a própria vida para salvar a do próximo, esses profissionais ainda têm que lidar com tamanho descaso e inconsequência de parte da população. 

No domingo, também foram registrados diversos casos de agressão contra jornalistas, como, por exemplo, um repórter da CNN Brasil, que foi agredido com tapas e empurrões durante a transmissão, que precisou ser interrompida. Ao tentar sair da cena, o carro de reportagem ainda foi depredado. Um profissional que está se arriscando para tentar levar informação para a sociedade, algo imprescindível durante uma crise como a atual, não deveria receber esse tipo de tratamento.

Outra classe que merece cuidado é a dos motoboys, tão importantes em um momento em que as pessoas não saem de casa e recorrem a eles para receber comida e remédios, entre toda sorte de necessidade. Como a pandemia agravou ainda mais a situação do desemprego no país, estima-se que atualmente quatro milhões de brasileiros tenham recorrido ao trabalho informal de delivery por aplicativos. E as condições de trabalho são precárias, além do risco que correm de se infectar e de levar o vírus para suas famílias. 

Eles não têm ajuda de custo com moto, capacete, celular, maquininhas de cartão, acesso a banheiro, água potável e, dependendo da empresa, até mesmo aquele mochilão térmico em que transportam refeições sai do próprio bolso. Sem contar possíveis acidentes. Em média, faturam R$ 4,50 por entrega, o que, no final do mês, considerando cargas horárias de oito horas, dificilmente ultrapassa um salário mínimo. 

Portanto, devemos ter cuidado e atenção redobrados com relação a todos que estão se arriscando e verdadeiramente nos salvando em um momento como este. E isso se aplica a todas as classes de trabalhadores que estão na linha de frente, incluindo motoristas de ônibus, caixas de supermercado, lixeiros etc. E, no caso dos entregadores, uma caixinha caprichada quando recebermos aquela pizza no domingo à noite é de extrema importância.

Eles estão ali por nós. Façamos nossa parte por eles. 

Tags:
CovidSaúde
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