separateurCreated with Sketch.

Papa: os corruptos não sabem o que é a luz

PAPIEŻ FRANCISZEK
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Reportagem local - publicado em 22/04/20
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

“Eu caminho na luz ou caminho nas trevas? Sou filho de Deus ou acabei me tornando um pobre morcego?”O Papa Francisco afirmou hoje que os corruptos acostumam-se com as trevas e não sabem o que é a luz.

Em sua homilia na capela Santa Marta, o Papa destacou dois elementos das leituras do dia, sendo o primeiro o amor de Deus no Cristo crucificado; e o segundo o caminho das trevas ou da luz.

O primeiro elemento que o Papa destacou refere-se à revelação do amor de Deus.

Deus nos ama, e nos ama – como diz um santo – como uma loucura: o amor de Deus parece uma loucura. Ama-nos: “amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito”. Deu o seu Filho, enviou seu Filho e o enviou para morrer na cruz. Toda vez que nós olhamos o crucifixo, encontramos este amor.

O crucifico é o grande livro do amor de Deus. Não é um objeto a ser colocado aqui ou acolá, mais bonito, não tão bonito, mais antigo, mais moderno… não. É propriamente a expressão do amor de Deus. Deus nos amou assim: enviou seu Filho, (que) se aniquilou até a morte de cruz por amor. Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho.

Quantas pessoas, quantos cristãos passam o tempo olhando o crucifixo… e nele encontram tudo, porque entenderam, o Espírito Santo os fez entender que ali está toda a ciência, todo o amor de Deus, toda a sabedoria cristã.

Já o segundo ponto de reflexão que vem das leituras do dia é relacionado à passagem: “A luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações era más”.

Há pessoas – também nós, muitas vezes – que não podem viver na luz porque estão acostumadas com as trevas. A luz as encandeia, são incapazes de ver. São morcegos humanos: sabem deslocar-se somente na noite. E também nós, quando estamos no pecado, nos encontramos nesse estado: não toleramos a luz.

Viver nas trevas é mais cômodo para nós; a luz nos esbofeteia, nos mostra aquilo que não queremos ver. Mas o pior é que os olhos, os olhos da alma de tanto viver nas trevas se acostumam a tal ponto que acabam por ignorar o que vem a ser a luz. Perder o sentido da luz porque me acostumo mais com as trevas.

E muitos escândalos humanos, muitas corrupções nos indicam isso. Os corruptos não sabem o que é a luz, não conhecem. Também nós, quando nos encontramos em estado de pecado, em estado de distanciamento do Senhor, nos tornamos cegos e nos sentimos melhor nas trevas e caminhamos assim, sem ver, como os cegos, deslocando-nos como podemos.

O Papa destacou que o Espírito nos ajuda a ver as coisas com a luz de Deus.

Deixemos que o amor de Deus, que enviou Jesus para salvar-nos, entre em nós e a luz que Jesus traz, a luz do Espírito entre em nós e nos ajude a ver as coisas com a luz de Deus, com a luz verdadeira e não com as trevas que o senhor das trevas nos dá.

Duas coisas, hoje: o amor de Deus no Cristo, no crucificado; no cotidiano, na pergunta cotidiana que podemos fazer-nos: “Eu caminho na luz ou caminho nas trevas? Sou filho de Deus ou acabei me tornando um pobre morcego?”

Oração pela unidade entre as nações

Na introdução de sua Missa, o Papa afirmou que rezaria hoje pela Europa.

Neste tempo no qual é preciso muita unidade entre nós, entre as nações, rezemos hoje pela Europa, a fim de que a Europa consiga ter esta unidade, esta unidade fraterna que os pais fundadores da União Europeia sonharam.

(Com Vatican News)

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Aleteia vive graças às suas doações.

Ajude-nos a continuar nossa missão de compartilhar informações cristãs e belas histórias, apoiando-nos.