"Olhe, doutor, enquanto o senhor não me arranjar um lugar onde botar os doentes, eu vou fazer isso mesmo. Onde eu encontrar uma casa velha, eu arrombo!"
O pe. Gabriel Vila Verde compartilhou em seu Facebook um trecho curioso da biografia “Irmã Dulce, a Santa dos Pobres“, escrita por Graciliano Rocha:
No início da missão de Santa Dulce junto aos pobres, ela foi reprovada por ter arrombado cinco casas velhas, para colocar seus doentes. O diretor do Centro de Saúde da Bahia fez uma intimação, dizendo: – Olha, Irmã Dulce, o que a senhora está fazendo… Está arrombando casa dos outros e botando doentes… Ela respondeu: – Olhe doutor, enquanto o senhor não me arranjar um lugar onde botar os doentes, eu vou fazer isso mesmo. Não vou negar ao senhor, não. Onde eu encontrar uma casa velha, eu arrombo! – A senhora está doida! – Não, não tô não! O diretor saiu para verificar as casas, e encontrou diversos doentes em estado terminal, mas todos bem cuidados, com roupas e alimentos. A situação era tão comovente que o rapaz saiu calado. Minutos depois, dois funcionários do Centro de Saúde chegavam ao local, com biscoitos, leite e doces para os doentes. Quem havia mandado? O próprio diretor do Centro. Bendita seja a teimosia dos Santos! (Do livro: “Irmã Dulce, a Santa dos Pobres”, de Graciliano Rocha)

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