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Por que o céu será uma união de novos e antigos amigos

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Philip Kosloski - publicado em 23/04/20
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São Gregório diz que, no Céu, reconheceremos os santos e outras figuras históricas, e conversaremos com eles como se fôssemos grandes e velhos amigos na terra Sabemos muito pouco sobre o Céu. Muitos dizem que não se trata de “lugar”, mas uma “experiência” insondável. É a união definitiva com Deus – e difícil de expressar em palavras!

No entanto, vários santos tentaram imaginar como será o Céu, usando a Bíblia como ponto de partida.

Por exemplo, São Gregório Magno analisa a parábola de Jesus com o homem rico e Lázaro. Ele observa como Lázaro está ao lado de Abraão no Céu:

“Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. E, estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio.” (Lucas 16: 22-23)

Em seus “Diálogos”, São Gregório usa esse episódio do Evangelho como evidência de que nos reconheceremos no Céu, mesmo que não nos víssemos fisicamente na Terra:

“Mas há algo ainda mais maravilhoso reservado para os escolhidos de Deus. Eles reconhecerão não apenas aqueles que conheceram na terra, mas muitos homens e mulheres santos que nunca haviam visto antes aparecerão para eles como velhos amigos. E assim, quando encontrarem os santos do passado antigo, eles não parecerão desconhecidos para eles, pois sempre os conheceram através de suas ações. Os santos contemplam Deus com uma clareza comum a todos. Por que, então, algo lhes deveria ser desconhecido no céu, onde eles conhecem Deus, o onisciente?”

Dessa maneira, compartilhando uma união íntima com Deus, poderemos falar e conversar com qualquer pessoa que esteja no céu, incluindo aquelas grandes figuras da Igreja e santos históricos. Não ficaremos nervosos em falar com eles, mas será um encontro profundo de amigos.

São Gregório até usa um episódio de sua vida como exemplo:

“Um de nossos monges, um homem santo, de vida digna de louvor, morreu cerca de quatro anos atrás. Em seus últimos momentos, como testemunham os presentes em sua morte, ele viu os profetas Jonas, Ezequiel e Daniel, e chamou esses grandes mestres pelo nome. Então, dizendo que eles estavam se aproximando, ele fechou os olhos por reverência por eles e morreu. Agora, se esse homem, ainda envolto em carne corruptível, pudesse reconhecer os santos profetas que ele certamente nunca viu antes, podemos entender prontamente qual será o nosso conhecimento na vida incorruptível da glória eterna.”

Ao pensarmos em nossa morte, podemos despertar dentro de nós um desejo maior pelo Céu, ansiosos pelo dia em que estaremos em união com Deus e ter a chance de falar com os muitos santos que admiramos enquanto estivermos nesta terra.



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