“Meu apostolado é uma modesta tentativa de revogar o preconceito de muita gente que supervaloriza santos e milagres europeus, como se Deus olhasse para o Brasil como uma Igreja periférica”O pe. Gabriel Vila Verde publicou em seu Facebook estas considerações sobre os santos brasileiros, já canonizados ou ainda não:
Quem acompanha meus escritos, sabe que eu valorizo os santos do Brasil, até mesmo aqueles que ainda não são reconhecidos oficialmente. Eu defendo, sim, com “unhas e dentes”, ou melhor, com caneta e microfone, figuras como o Padre Cícero, Maria Milza, Padre Donizet, Guido Schaffer, Santa Dulce, etc.
Meu apostolado é uma modesta tentativa de revogar esse preconceito que muita gente tem, supervalorizando os santos e milagres europeus, como se Deus olhasse para o Brasil como uma igreja periférica, infértil, inferior.
Basta o uso do bom senso e um pouco mais de leitura para saber que esta é uma visão equivocada.
Padre Cícero era tão santo como era Dom Bosco. A beata do Juazeiro era tão mística como Santa Verônica Giulliani. Benigna do Ceará é tão mártir como Santa Maria Goretti. Maria Milza é tão carismática quanto São Pio de Pietrelcina. Irmã Adélia de Cimbres é tão vidente de Nossa Senhora como Irmã Lúcia de Fátima. A fonte de Nossa Senhora das Candeias é tão milagrosa como a da Gruta de Lourdes.
A diferença está, unicamente, no país e na cultura, mas o Deus que age é o mesmo! O Espírito que santifica é o mesmo!
Talvez aqui não se tenha o investimento financeiro e midiático que se tem lá, nem o mesmo nível de interesse da Igreja. Contudo, os milagres estão aí para provar, e a história documentada está aí para recordar. Cabe a nós pôr um fim nesse olhar de subestimação, em detrimento do valor de nossa fé e de nosso povo.
Posso até morrer sem ver estas pessoas no altar, mas pretendo morrer defendendo o que elas mereciam.
Como disse São João Paulo II quando aqui esteve, em 1991: “O Brasil precisa de santos“.
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