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3 coisas para ajudar seus filhos a saberem seu próprio valor

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Shutterstock | Motortion Films

Theresa Civantos Barber - publicado em 22/05/20

Mesmo diante de uma pressão cultural negativa, podemos ensinar nossos filhos a conhecer e seguir a voz de Deus

Enquanto a sociedade afirma que o valor de uma pessoa está em sua utilidade e capacidade de produzir e consumir bens, Cristo nos dá uma verdade radicalmente diferente: a pessoa humana é feita à imagem e semelhança de Deus e tem dignidade inerente de filhos do Pai.

Ensinar nossos filhos a conhecer e a confiar em sua dignidade é muito importante para sua felicidade e saúde mental.

Mas como podemos ajudar aqueles que amamos a conhecer verdadeiramente seu valor, quando parece que tantas outras vozes estão pressionando de outra maneira? Estas três coisas podem ser uma prioridade para transmitir a mensagem de Cristo.

1Ensine-os quem são e de onde vêm

Em nosso mundo sem raízes e desconectado, é fácil para os jovens se sentirem à deriva. A memória coletiva e a sabedoria de sua herança e comunidade local fazem muito para ajudá-los a se sentirem conectados e seguros à medida que atingem a maioridade.

Existem três partes de sua identidade que ajudam uma criança a saber que faz parte de uma comunidade e a ter exemplos a serem observados: história familiar; fortes conexões locais, como igreja, escola e amigos do bairro; e seu papel como amado filho de Deus.

Este último é o mais importante. Tive a oportunidade de conversar com a palestrante e escritora católica Leah Darrow sobre como os pais podem ajudar seus filhos a conhecer o seu valor, e ela enfatizou a necessidade de enraizar a identidade de nossos filhos na paternidade amorosa de Deus.

“Sempre voltaremos a três palavras: pai, filho, amor”, disse ela. “Quando falamos sobre como podemos ajudar os jovens a conhecer seu valor ou identidade, você não pode simplesmente dizer: ‘Você é digno! Deus te ama! Você precisa voltar ao início de quem você é e quem é Deus, e o fato de que Deus nos fez muito bons. Isso remonta à paternidade de Deus. Eu ensino meus filhos que Deus os ama e os criou para um propósito.”

2ENSINE-OS A OUVIR A VOZ INTERIOR

Há uma passagem das Escrituras que capta perfeitamente como ouvir a Deus e conhecer Sua vontade para nós. O profeta Elias subiu a montanha para falar com Deus, mas toda vez que ele pensa que Deus está falando, acaba se enganando:

O Senhor desse-lhe: Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira (1 Reis 19, 11-12)

Por fim, quando Elias deixa de procurar um sinal grandioso, ele encontra o que está procurando: “uma voz mansa e pequena” que fala diretamente ao seu coração.

Esta história é uma maneira inestimável de ensinar nossos filhos (e a nós mesmos!) a buscar a vontade de Deus. Precisamos abrir espaço para o silêncio. Precisamos eliminar o barulho e as distrações. Precisamos afastar as coisas barulhentas deste mundo, para que haja espaço em nossas almas para Deus falar. E quando Ele fala, precisamos ter a coragem de ouvir.

Darrow disse: “Dê um passo atrás e pergunte: ‘O que Deus quer de mim?’ Precisamos ser corajosos e ouvir Deus.”

Arranjar tempo e espaço regularmente para ouvir a voz suave do Espírito Santo em nossas almas e ensinar nossos filhos a fazer o mesmo é o passo mais importante para ajudá-los a perceber sua dignidade.

3Aprenda a ignorar vozes que contradizem o chamado de Deus

Como pais, esperamos que nossos filhos não apenas ouçam a voz de Deus em suas almas, mas também corram em direção a ela. Mas se há uma coisa que sabemos ao ler sobre Cristo e os santos, é que aqueles que seguem o chamado de Deus enfrentam obstáculos.

Em muitos casos, um grande obstáculo pode ser a voz negativa das pessoas ao nosso redor. Darrow explica como é fácil nos desviar de nossa vocação por causa da pressão cultural:

Ouvimos coisas erradas sobre quem somos por muito tempo, com efeitos desastrosos. Temos escutado pessoas que não nos amam. Deixamos que outras pessoas sonhem por nós, decidam nossa dignidade por nós, digam-nos em que acreditar. Temos que parar. Temos que começar a questionar: por que acreditamos nessas coisas e aceitamos esses padrões para nós mesmos? Veja o que as pessoas que nos amam querem para nós. Eu tenho vivido o plano de outra pessoa para a minha vida, fora de Deus? Peguei o que a cultura me diz e fingi que é o que eu quero?

Parte desse processo é ensinar aos nossos filhos o pensamento crítico. Incentive-os a perceber e questionar as mensagens que eles estão recebendo. Tal mensagem foi projetada para nos fazer sentir descontentes? Quanto do que ouvimos é um esforço para nos vender alguma coisa?

Outra parte do processo é apoiá-los em escolhas que podem ser contraculturais. Às vezes pode ser difícil de entender, mas temos que confiar em seu discernimento genuíno e bem formado ao seguir o chamado de Deus.

Para ajudar nossos filhos a confiarem em sua dignidade e valor incomensuráveis, podemos incentivá-los a se lembrar de quem são, de onde vêm e que a voz que mais devem ouvir é a de Deus em suas almas.

Diz-se que “a solução mais curta para qualquer problema é a distância entre os joelhos e o chão”, ou seja, cair de joelhos em oração é o guia mais seguro perante os dilemas da vida. Essa é a mensagem que queremos que eles carreguem sempre.

Quando eles vivem abundantemente como filhos amados de um Pai Todo-Poderoso, não há nada que não possam fazer, “pois nada é impossível para Deus” (Lucas 1, 37).

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