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Só no começo de 2020, mais de 620 cristãos nigerianos já foram assassinados

Expert Urges US to Address Nigeria Violence Against Christians – pt

© STRINGER / AFP

Reportagem local - publicado em 22/05/20

O país mais populoso da África também sofre uma campanha de ataques e incêndios contra igrejas

A perseguição contra os cristãos da Nigéria continua piorando, ao silêncio da grande mídia internacional. Só nos primeiros 4 meses de 2020, já foram assassinados 620 cristãos nigerianos em decorrência de ódio contra a fé. Em paralelo, prossegue a campanha de ataques e incêndios criminosos contra igrejas. A informação vem do relatório publicado neste 15 de maio pela Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety), organização sem fins lucrativos fundada em 2008 no país, que é o mais populoso da África – aliás, a população nigeriana deverá ultrapassar a brasileira por volta de 2025 e chegar ao terceiro lugar mundial até 2100, superando largamente os Estados Unidos e ficando atrás apenas de Índia e China.

Os cristãos, que representam aproximadamente a metade da população nigeriana, vêm sofrendo ataques cada vez mais violentos. Segundo a Intersociety, cerca de 32 mil cristãos foram assassinados por radicais islâmicos desde 2009:

“Os principais jihadistas islâmicos na Nigéria, os pastores militantes Fulani e o Boko Haram/ISWAP, intensificaram a sua violência anticristã nas regiões do Cinturão Médio e no Nordeste. As atrocidades contra os cristãos não foram controladas pelas forças de segurança do país. Os atores políticos estão fazendo vista grossa ou mesmo conspirando com os jihadistas”.

Casos recentes

Em janeiro de 2020, quatro seminaristas foram sequestrados, mantidos reféns e espancados. Gradualmente, três deles foram liberados e abandonados em estradas remotas, mas o quarto, Michael Nnadi, de 18 anos, foi assassinado porque, segundo o líder do bando de raptores, “não parava de pregar o Evangelho de Jesus Cristo” e pedia que ele “saísse do caminho do mal”.

Enquanto isso, cidades de maioria cristã foram atacadas, fazendas incendiadas, cidadãos sequestrados e assassinados. Mulheres foram feitas escravas sexuais e torturadas, um horror que, segundo o arcebispo de Abuja, dom Ignatius Kaigama, é o “padrão” dos ataque contra os cristãos no país.

Cobranças ao governo

Em 27 de fevereiro, o embaixador geral dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, Sam Brownback, declarou à agência católica ACI que a situação na Nigéria está piorando:

“Há muitas pessoas assassinadas na Nigéria e tememos que isto se espalhe muito na região”.

Para ele, o governo nigeriano poderia fazer mais, pois “não estão levando os responsáveis à justiça” nem estão tendo “senso de urgência para agir”.

Por sua vez, na homilia de 1º de março, dom Kaigama exigiu de Muhammadu Buhari, presidente da Nigéria, mais coordenação para dar um basta à violência no país:

“Precisamos ter acesso aos nossos líderes; presidente, vice-presidente. Precisamos trabalhar juntos para erradicar a pobreza, os assassinatos, o mau governo e todos os tipos de desafios que enfrentamos como nação”.

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Com informações da agência ACI Digital


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