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Redes sociais em polvorosa: bênção do Papa marcou reversão da pandemia na Itália?

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Foto: ARA NARDI / POOL / AFP. Sobreposição gráfica: @FatherLococo / Twitter

Reportagem local - publicado em 26/05/20

Gráfico postado por padre dos EUA indica 27 de março como um ponto de virada no número de mortes na Itália: foi a inesquecível tarde chuvosa da bênção Urbi et Orbi na Praça vazia

Está começando a viralizar nas redes sociais um gráfico que representa o número de pessoas falecidas na Itália em decorrência da covid-19. A figura aponta o dia 27 de março como o ponto de reversão da curva de mortes: a partir dessa data, elas começam gradualmente a diminuir.

E o que houve de particular nesse dia? Trata-se da sexta-feira em que o Papa Francisco deu a extraordinária bênção Urbi et Orbi a partir de uma Praça de São Pedro impactantemente vazia, num dos episódios mais arrepiantes de toda a pandemia.

A bênção Urbi et Orbi costuma ser dada somente em três ocasiões específicas: quando é eleito um novo Papa; no dia de Natal; e no Domingo de Páscoa. Além do próprio fato de se tratar de uma bênção excepcional, a Urbi et Orbi de 27 de março ocorreu junto ao assim chamado Crucifixo Milagroso de São Marcelo, uma imagem de Jesus crucificado à qual o povo romano atribuiu o fim de uma epidemia de peste que assolou a cidade em 1522. Ao lado dessa imagem, também estava posicionado na Praça de São Pedro o ícone de Maria “Sálus Pópuli Románi“, tradicionalíssima imagem de Nossa Senhora invocada como protetora da Cidade Eterna.

Uma das pessoas que compartilharam o gráfico foi o pe. John LoCoco, da arquidiocese norte-americana de Milwaukee. De acordo com a sua análise, a sexta-feira da bênção do Papa marcou a virada na tendência das mortes na Itália, então em assustadora subida, e o começo da sua diminuição paulatina: o país, que havia chegado a um pico de 919 vítimas mortais num único dia, vem agora registrando números cada vez mais baixos, como os 50 falecimentos contabilizados neste último 24 de maio.

https://twitter.com/FatherLococo/status/1264197466917933057

Naquele inesquecível 27 de março, em meio à chuva, ao vazio e à penumbra de um fim de tarde pesado e melancólico, o Papa Francisco abordou a emblemática passagem do Evangelho em que Jesus acalma a tempestade no mar da Galileia:

“À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos, carecidos de mútuo encorajamento. O Senhor desperta para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na Sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na Sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na Sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do Seu amor redentor”.

Depois da sua alocução que comoveu o mundo, Francisco fez adoração silenciosa ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia e, na sequência, deu a bênção com o Santíssimo “à cidade e ao mundo”.




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CovidOraçãoPandemiaPapa Francisco
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