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Há 50 anos começava a Copa do Mundo do México

PELE

ASSOCIATED PRESS/East News

Octavio Messias - publicado em 31/05/20

Seleção brasileira de 1970 foi a melhor de todos os tempos

Pelé, Tostão, Dario, Jairzinho, Gérson, Rivellino, Tostão e Carlos Alberto Torres. Esta foi a versão brasileira de um dream team, eleito pela revista World Soccer a melhor seleção de futebol de todos os tempos, ainda que sem Garrincha, escalada para representar o país na Copa do Mundo do México de 1970. E a locomotiva canarinho teria adversários de peso pela frente, como Itália, Inglaterra, a então Alemanha Ocidental, Uruguai, que ainda pairava como uma sombra sobre nós, além, claro, dos anfitriões.

Estes deram o pontapé inicial há exatos 50 anos, no dia 31 de maio, em uma partida fria contra a União Soviética que terminou em zero a zero. A bicampeã seleção brasileira estreou só no dia 3 de junho, e contra a Tchecoslováquia, e de cara amargou um gol do lateral esquerda Petrás. Mas, bastou o susto para o Brasil vencer de virada não com dois, nem com três, mas com quatro gols. Dois de Pelé, dos mais antológicos de sua carreira, o primeiro em que mata um lançamento longo no peito e chuta de frente; o segundo, recebe sozinho na grande área e dá um chapéu no goleiro.  

Após uma vitória magra por um a zero contra a Inglaterra, com gol de Jairzinho, e um três a dois apertado contra a Romênia, com três gols (incluindo um anulado) de Pelé, a seleção, então comandada por Zagallo, se classificou para as quartas de final em primeiro lugar no grupo 3.   

Passou, também com emoção, pelo Peru, com uma vitória de quatro a dois, antes de enfrentar o Uruguai, o “fantasma da Copa de 50”, na semi-final, de quem venceu uma partida alucinante por três a um, com gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino.

Por fim, chegou a Itália, no estádio Azteca, na Cidade do México, em 21 de junho. Foi a primeira vez que dois campeões mundiais – ou, no caso, dois bicampeões mundiais: Brasil (1958 e 1962); Itália (1934 e 1938) – se enfrentaram em uma final da Copa. Pelé abriu o placar com aquela sua clássica escorada de cabeça, na bola cruzada por Rivellino, no canto do gol. O empate italiano veio na sequência, quando o atacante Boninsegna roubou a bola quase no meio do campo e foi na raça até conseguir chutar ao gol.

O desempate logo viria com um chute cruzado de esquerda de Gérson, e o terceiro gol, de Jairzinho, que quase entrou com bola e tudo. O quarto e último ponto da partida foi um dos mais bonitos da história do futebol, em que após uma linda jogada coordenada que havia começado no meio do campo, Pelé cruzou para Carlos Alberto Torres que encheu o pé e estufou a rede, fechando com chave de ouro a campanha impecável da melhor seleção de futebol de todos os tempos. 

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