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A pedagogia da paz, segundo Bento XVI

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Philip Kosloski - publicado em 03/06/20

Em mensagem para o Dia Mundial da Paz em 2013, Bento XVI explicou o caminho para se chegar a uma paz verdadeira e duradoura

Ser um pacificador não é fácil, especialmente em nosso mundo caído e destruído. No entanto, é possível ser um pacificador eficaz – e o Evangelho é a chave para isso.

Bento XVI estabeleceu uma “pedagogia para os pacificadores” em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz em 2013. Nela, ele explica o caminho para uma paz verdadeira e duradoura:

“Há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem co­mum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmos­fera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar » de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48).”

Segundo Bento XVI, o modelo para esse tipo de pacificação é o próprio Jesus Cristo:

“Jesus encarna o conjunto destas atitudes na sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). E promete aos seus discípulos que chegarão, mais cedo ou mais tarde, a fazer a descoberta extraordinária de que falamos no início: no mundo, está presente Deus, o Deus de Jesus Cristo, plenamente solidário com os homens. Neste contexto, apraz-me lembrar a oração com que se pede a Deus para fazer de nós instrumentos da sua paz, a fim de levar o seu amor onde há ódio, o seu perdão onde há ofensa, a verdadeira fé onde há dúvida. Por nossa vez pedimos a Deus, juntamente com o Beato João XXIII, que ilumine os responsáveis dos povos para que, junto com a solicitude pelo justo bem-estar dos próprios concidadãos, garantam e defendam o dom precioso da paz; inflame a vontade de todos para superarem as barreiras que dividem, reforçarem os vínculos da caridade mútua, compreenderem os outros e perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias, de tal modo que, em virtude da sua acção, todos os povos da terra se tornem irmãos e floresça neles e reine para sempre a tão suspirada paz.”

Enfim, sabemos que não será fácil alcançar a paz neste mundo, mas com a ajuda da graça de Deus, imitando Jesus Cristo, podemos tentar estabelecer um Reino de Paz até que esse véu desapareça e que sejamos acolhidos na eterna paz de Deus.


POPE John Paul II

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