Há mais de 40 anos, o pontífice polonês pediu a Maria que nos ensinasse a alcançar a unidade, protegendo a paz e a justiça neste mundoEm 1979, São João Paulo II visitou o santuário de Nossa Senhora de Czestochowa, na Polônia, e fez um solene ato de consagração à Virgem Maria. Era uma época tumultuada no mundo inteiro, especialmente na Polônia, que ainda estava sob ocupação comunista.
Havia um clima de grande tensão e São João Paulo II instou a paz e a justiça por todos os lados, fazendo o possível para unir o povo sob a liderança de Jesus Cristo.
Perto do final desta oração de consagração, o pontífice polonês voltou-se para Maria, Mãe da Unidade, e colocou diante dela tudo o que estava em seu coração. Aqui está trecho desta oração, que ainda é pertinente, pois faz uma súplica pela união do mundo em torno da paz.
“Faz que, por todos os meios de conhecimento, de respeito recíproco, de amor e de colaboração comum nos vários campos, possamos redescobrir pouco a pouco o desígnio divino daquela unidade em que nós devemos entrar e introduzir a todos, para que o único redil de Cristo reconheça e viva a sua unidade na terra. Mãe da unidade, ensina-nos sempre os caminhos que a ela conduzem.
Permite-nos que, no futuro, vamos ao encontro de todos os homens e de todos os povos , que por caminhos de religiões diversas procuram a Deus e O querem servir. Ajuda-nos a todos a que anunciemos a Cristo e revelemos a força e a sabedoria divina (1 Cor. 1, 24) escondida na Sua Cruz. Tu, que a primeira de todos, O revelaste em Belém não só aos simples e fiéis pastores, mas também aos sábios de países distantes.
Mãe do Bom Conselho! Indica-nos sempre como devemos servir o homem, a humanidade em cada nação, como conduzi-la pelos caminhos da Salvação. Como proteger a justiça e a paz no mundo, continuamente ameaçado de vários lados. Quão vivamente desejo, por ocasião deste encontro de hoje, confiar-Te todos estes difíceis problemas das sociedades, dos sistemas e dos Estados, problemas que não podem ser resolvidos com o ódio, a guerra e a autodestruição, mas só com a paz, com a justiça e com o respeito dos direitos dos homens e das nações.
Ó Mãe da Igreja! Faz que a Igreja goze de liberdade e paz no cumprimento da sua missão salvífica, e que para este fim atinja nova maturidade de fé e de unidade interior. Ajuda-nos a vencer as oposições e as dificuldades. Ajuda-nos a descobrir de novo toda a simplicidade e dignidade da vocação cristã (…).
Quantos problemas deveria, ó Mãe, ter-Te apresentado neste encontro, catalogando-os um a um. Confio-os todos a Ti, porque Tu os conheces melhor que nós e de todos tomas cuidado.”
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