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Maior rede de clínicas de abortos dos EUA declara apoio a Joe Biden para presidente

PLANNED PARENTHOOD

Saul Loeb | AFP

Reportagem local - publicado em 18/06/20

Só nos Estados Unidos, as clínicas que compõem essa rede perpetraram 345.672 abortos em 2019

A Planned Parenthood é o maior conglomerado de clínicas de aborto dos Estados Unidos e, possivelmente, de todo o planeta. Em 2019, as clínicas que compõem essa rede perpetraram 345.672 abortos só nos Estados Unidos.

A rede está frequentemente envolvida em polêmicas e casos de polícia. Em maio deste ano, 27 parlamentares norte-americanos enviaram uma carta ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos para solicitar uma investigação de empréstimos federais no valor de 80 milhões de dólares concedidos à rede, dentro de um programa do governo destinado a ajudar pequenas empresas a enfrentarem a emergência do coronavírus. Em sua carta, os senadores enfatizaram:

“Parece claro que a Planned Parenthood sabia que não tinha direito aos empréstimos destinados a pequenas empresas, sob a Lei CARES, desde bem antes que as suas filiais certificassem por si mesmas, de forma fraudulenta, que atendiam os requisitos. Os pedidos de empréstimo fraudulentos podem desencadear sanções civis e criminais”.

De fato, o programa emergencial exigia que as empresas solicitantes tivessem no máximo 500 funcionários; no caso de entidades afiliadas a alguma grande organização nacional, seria considerado o total das afiliadas. A Planned Parenthood ultrapassa o limite em muito, já que tem 16.000 funcionários. Além disso, a organização possui quase 2 bilhões de dólares em patrimônio líquido.

No final do mesmo mês de maio, mais um escândalo – ou um novo capítulo de um velho escândalo: a organização norte-americana Center for Medical Progress (CMP) divulgou depoimentos, em vídeo, nos quais executivas da Planned Parenthood confessavam participação na venda ilegal de partes de corpos de bebês abortados, contradizendo afirmações anteriores da própria rede, que negava enfaticamente o crime. O escândalo do tráfico de órgãos e tecidos de bebês, obtidos após abortos em instalações da Planned Parenthood, tinha vindo à tona ainda em 2015, quando a CMP divulgou os primeiros vídeos em que funcionárias do conglomerado admitiam esse comércio.

Sob o governo de Donald Trump, os financiamentos federais à Planned Parenthood, que eram regularmente realizados por administrações anteriores, sofreram um duro baque. O atual presidente deixou clara desde a campanha presidencial de 2016 a sua posição antiaborto, e, depois de eleito, participou de várias edições da tradicional Marcha pela Vida em Washington, DC.

Já o seu adversário democrata nas eleições presidenciais do final deste ano, Joe Biden, mantém posições abertamente pró-aborto. Em 2012, ele declarou que o aborto é uma “operação solidária” e que “nossas filhas e netas têm direito a todas as operações solidárias, a todas as oportunidades solidárias”.

Não é surpreendente, portanto, que Alexis McGill Johnson, presidente da Planned Parenthood, tenha recentemente declarado apoio explícito a Joe Biden e ao Partido Democrata, cujos candidatos à presidência norte-americana têm sido endossados pela rede desde 2004. McGill Johnson afirmou:

“Esta é literalmente uma eleição de vida ou morte. Sentimos que não podemos suportar mais quatro anos de Trump. Temos que fazer tudo o que pudermos para tirá-lo do cargo. Acho que esta é a posição da maioria dos americanos. Precisamos superar esta era muito desafiadora, divisiva e polarizada e mudar para uma situação em que possamos realmente reconstruir as nossas vidas depois desse desastre”.

Vinda de uma organização que elimina mais de 300 mil bebês em gestação por ano, que está sendo investigada por tráfico de órgãos de bebês abortados e que é acusada formalmente de fraude para obter verba pública indevida, a Planned Parenthood precisa esclarecer melhor o que entende por “eleição de vida ou morte” e explicar de quem é a morte que tanto a preocupa.




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