A morte pelo novo coronavírus toca o coração da Igreja mexicanaEm 18 de junho, o número oficial de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no México atingiu 159.793 (dos quais 22.209 são casos ativos) e 22.209 mortes, colocando o país, segundo a contagem da Universidade Médica Johns Hopkins, em décimo quinto lugar mundial número total de casos e em sétimo lugar por mortes.
Com uma taxa média de infecção de mais de 3.500 pessoas por dia, as autoridades de saúde do país decidiram mudar o nível de alerta de de vermelho para laranja, o que implica a reabertura de algumas atividades “não essenciais”.
No entanto, existe a possibilidade de que, se houver um aumento adicional da taxa de infecção em algumas regiões, a reabertura seja interrompida ou revertida.
A Igreja Católica no México sofre com a situação de emergência e o fechamento de casas de culto há quase três meses.
Cada Estado mexicano está gerenciando a reabertura dos vários tipos de atividades e locais de acordo com suas circunstâncias particulares, seguindo frequentemente não apenas diretrizes federais, mas também critérios e decisões de seu governo local.
Em muitas regiões do país, as igrejas deveriam começar a abrir em algum momento deste mês, aplicando as medidas e limitações necessárias para proteger a saúde dos participantes.
No entanto, em algumas áreas, a reabertura foi adiada mais uma vez, pois o número de casos de coronavírus continua a crescer.
O número de padres e religiosos mexicanos que morreram por causa do coronavírus recebeu pouca publicidade.
Coube ao Catholic Multimedia Center (CCM), que também acompanha as estatísticas dos padres assassinados, roubados, sequestrados e “desaparecidos” no México, assumir a tarefa de investigar e reportar esse lado doloroso da pandemia.
De acordo com o mais recente relatório divulgado pelo MCC, os casos acumulados até a primeira quinzena de junho são 24 padres, 4 diáconos e 2 religiosas que morreram desde que o primeiro caso foi detectado no México em 27 de fevereiro de 2020.
“Neste relatório”, diz o MCC, “fazemos uma avaliação responsável dos casos e sua verificação. Infelizmente, no México, as mortes por COVID-19 se tornaram meros números e as autoridades se acostumaram a ter números diários que se transformam em uma curva ascendente.”
O relatório acrescenta: “são pessoas, histórias concretas, histórias de vida, famílias que perderam um ente querido pela pandemia que excedeu qualquer prognóstico otimista como o oferecido aos mexicanos quando os primeiros casos ocorreram em março passado”.
A arquidiocese de Puebla sofreu a perda dos seguintes padres: José Guadalupe Sanguino Fuentes; Valentín Ramírez Tlahque; Álvaro Ramírez Hernández, Juan Francisco Espino Godínez, Joaquín Fausto Silva Omaña e Rafael Amaro Goiz.
A diocese de Nezahualcóyotl perdeu: pe. Antonino Armendáriz Calderón, Álvaro Gabriel Flores Rodríguez e Gustavo Arturo Ballesteros Garcíarreal, e diácono permanente José Guadalupe Lozano Sandoval.
A diocese de Iztapalapa perdeu dois padres: José Luis González de Jesus e José Luis Téllez García – e o diácono permanente Trinidad Cervantes Hernández, enquanto a arquidiocese de Tlalnepantla perdeu Pánfilo Martínez Marroquín e Jesús Hernández Rubio.
Na Arquidiocese do México, o missionário Rodolfo Rodríguez Reza e o Pe. Luciano Vega Murillo morreram, enquanto na Arquidiocese de Toluca, Juan Reza Dávila e Silvestre Pérez Figueroa.
Na arquidiocese de León, pe. Eduardo Hernández Rodríguez; na Arquidiocese de Guadalajara, monsenhor David Orozco Loera e Pe. José Trinidad García Alonzo faleceram.
Na diocese de Texcoco, pe. Miguel Ángel López Alarcón; na diocese de Atlacomulco, pe. René Flores Colín; na diocese de Azcapotzalco, pe. Alejandro Arellano Becerril; na diocese de Xochimilco, diácono permanente Marco Antonio González Bárcena; na diocese de Ciudad Obregón, pe. Sergio Octavio Martínez Enríquez; e na diocese de Cuernavaca, o diácono permanente Justino Espinoza Martínez e sua esposa, Linda Díaz.
Quanto às irmãs religiosas, o MCC informa que morreu na diocese de Veracruz a irmã María Lourdes Pulido Madrigal, clarissa, e na arquidiocese de Puebla, a irmã Aldegunda Nolasco Bravo, da Congregação das Irmãs Josefinas.