Uma linda oração em forma de poesia O ano era 1897. Seis meses antes de sua morte, já na cama e sendo consumida pela tuberculose, Santa Teresinha do Menino Jesus recebeu um pedido especial de uma de suas companheiras do carmelo, a Ir. Maria da Trindade.
A religiosa, muito devota de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, solicitou a Santa Teresinha que escrevesse um poema em que pudesse refletir o que ela mesmo sentia quando contemplava o ícone da Virgem da Paixão.
O poema, de enormes beleza e simplicidade, encontra-se na publicação Obras Completas de Teresa de Lisieux. Você também pode apreciá-lo a seguir:
1897 – A Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Ó Mãe querida, desde minha infância
Teu semblante encantou meu coração;
Lia em teu olhar tua ternura
E achava, junto de ti, felicidade
(estribilho)
Lá nas plagas [regiões] do céu, Virgem Maria,
Hei de ver-te, depois de meu exílio,
Mas, aqui nesta vida, tua imagem
É sempre meu socorro a toda hora!
(segunda estrofe)
Quando era boazinha e obediente,
Tinha a impressão de que sempre me sorrias.
Mas se era, às vezes, meio levadinha,
Eu cria ver-te sobre mim chorando!
(terceira estrofe)
Ao escutar minha oração tão simples,
Mostravas-me carinho maternal
E eu encontrava, ao ver-te sobre a terra,
Delícias de meu céu.
(quarta estrofe)
Enquanto luto, ó minha Mãe querida,
Tornas minh´alma forte no combate,
Pois sabes que, na tarde da existência,
Quero ofertar almas ao Coração de Jesus!
(quinta estrofe)
Doce Imagem de Mãe, eternamente,
Meu tesouro serás, minha alegria.
E quero, em minha hora derradeira,
Fixar ainda em ti o meu olhar.
(último estribilho)
Depois, voando às plagas [regiões] celestiais,
Vou assentar-me, ó Mãe, em teus joelhos
E aí, sem dividi-los com ninguém,
Receberei teus beijos de ternura!
Lembrança de um retiro abençoado, Março de 1897,
Teresa do M. Jesus para sua irmãzinha
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