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Drive-ins ressurgem com nostalgia na quarentena

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Henning Schoon / DPA / dpa Picture-Alliance via AFP

Une messe célébrée sur le parking du parc des expositions de Düsseldorf (Allemagne), le 20 avril 2020.

Octavio Messias - publicado em 28/06/20

Atrações vão de cinema e shows a circo

A pandemia do novo coronavírus sem dúvida alterou as nossas vidas. Ainda é cedo para avaliarmos o quanto dessas mudanças será permanente, mas já começam a surgir as primeiras soluções, as primeiras alternativas criadas com o intuito de nos aproximar de como vivíamos antes, um meio-termo.

Depois das lives, que logo se tornaram febres por darem algo da sensação de ver um show ou participar de um evento ao vivo, a “nova” tendência são os drive-ins, aqueles pátios amplos onde assistem-se filmes no telão ao ar livre de dentro dos carros, um tipo de programa que nos remete ao passado. E agora, bem, eles parecem estar voltando com tudo. Afinal, são uma opção de passeio e entretenimento fora de casa com riscos de contágio minimizados.

Só na capital de São Paulo já inauguraram pelo menos quatro cinemas, todos de estrutura e investimento considerável, no estilo drive-in. Também há notícia de outros empreendimentos do estilo já inaugurados no estado em Mogi das Cruzes, São Vicente e em Praia Grande, o Cinesystem, precursor dessa onda. Recentemente também foram recentemente inaugurados drive-ins em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Niterói.

Na capital paulista a tendência gerou investimentos de peso, como o Drive-in Cine Stella, com vista para a Ponte Estaiada, com capacidade para 100 carros, mesma capacidade do Belas Artes Drive-In, um projeto do clássico cinema paulistano Belas Artes, instalado no estacionamento do Memorial da América Latina.

E o Tom Brasil, tradicional casa de shows na zona sul de São Paulo, realiza sessões de filmes como Jurassic Park em um terreno próximo, chamado Tom Brasil Experience Drive-In. Até mesmo o Centro de Tradições Nordestinas, próximo à Marginal Tietê, está sediando sessões com o nome Cine CTN.

Os ingressos variam entre R$ 25 por passageiro e R$ 100 por automóvel, dependendo da “sala”, que também oferecem diversas opções de petisco, da tradicional pipoca ao churro, seguindo as normas sanitárias, e costumam ser pedidos por aplicativo. Para escutar o áudio da sessão, basta sintonizar o rádio do carro em uma frequência específica.

Mas a proposta de drive-ins não se destina apenas a sessões de cinema. Inspirados em soluções europeias, como arquibancadas de estádios adaptadas em drive-ins durante a realização de jogos de futebol, empreendimentos paulistanos também visam aproximar o espectador da atração, nem que seja de dentro do carro.

Além de ter aberto seus portões para que automóveis ocupem os gramados para sessões de cinema, a Allianz Arena, o estádio do Palmeiras, também passa a sediar grandes shows com a estreia da banda Jota Quest no Arena Sessions, neste sábado (27). Turma do Pagode, Marcelo D2 e Anavitória já estão marcados para julho. O espaço tem capacidade para 285 veículos (pista comum: R$ 450 por carro), sendo 130 das vagas destinadas à pista VIP (R$ 550). Os ingressos do show do Jota Quest foram esgotados.

A tendência dos drive-ins promete ser uma alternativa viável que deve durar até o final do ano. Quem sabe, a próxima vez em que você vir um show do seu artista favorito venha a ser através do para-brisa.

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