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Costa Rica vai começar a testar em pessoas tratamento contra Covid-19

WEB3-CANCER-RESEARCH-VACCINE-MICROSCOPE-LAB-shutterstock_393672388-Por Minerva Studio-AI

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Agências de Notícias - publicado em 29/07/20

Os resultados mostram claramente que os cavalos produziram uma grande quantidade de anticorpos que bloqueiam a entrada do vírus nas células humanas, o que indica que o medicamento pode ser muito eficaz

Um tratamento desenvolvido na Costa Rica para anular o novo coronavírus em pacientes infectados superou um teste pré-clínico com plasma de cavalos que se mostrou eficaz, anunciaram autoridades nesta terça-feira.

O cientista Alberto Alape, diretor do Instituto Clodomiro Picado (ICP), informou que o medicamento foi desenvolvido pela instituição universitária mediante a injeção de proteínas do coronavírus em cavalos, cujo plasma gerou uma capacidade imunológica que inibe o vírus.

“Os resultados mostram claramente que os cavalos produziram uma grande quantidade de anticorpos que bloqueiam a entrada do vírus nas células humanas, o que indica que o medicamento pode ser muito eficaz”, disse Alape em entrevista coletiva.

O ICP, ligado à Universidade da Costa Rica, desenvolveu o tratamento seguindo um procedimento que usou na produção de soros antiofídicos, mediante a inoculação de cavalos.

Os testes pré-clínicos do medicamento foram realizados por um laboratório da Universidade George Mason, localizada no estado americano da Virgínia e que, segundo Alape, dispõe das condições de biossegurança para manter o Sars-CoV-2 em células de cultivo.

O cientista explicou que os cavalos foram inoculados com dois tipos de proteína diferentes, uma das quais serve como “chave” do vírus para infectar as pessoas. “O sistema imunológico dos cavalos foi estimulado para bloquear esta chave, é uma forma de deter a infecção.”

Uma segunda versão do medicamento foi feita a partir de uma combinação de outras proteínas do coronavírus. Alepo explicou que os testes clínicos permitirão determinar qual das duas versões é mais eficaz em inibir o coronavírus nos pacientes infectados.

O cientista espera que o medicamento reduza a mortalidade e o tempo de internação das pessoas infectadas. Ele começou a ser desenvolvido há quatro meses, quando o instituto que administra os hospitais públicos da Costa Rica detectou dificuldades para obter os insumos necessários para enfrentar a Covid-19.

O país registrou uma forte expansão do número de infectados a partir de junho, com as primeiras medidas de abertura econômica. Hoje, a Costa Rica contabiliza mais de 16 mil casos e 125 mortos pela Covid-19.

(AFP)

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