A situação é já dramática, alerta bispo: as pessoas “não podem trabalhar e, portanto, não recebem qualquer salário. Os agricultores e os pequenos comerciantes também estão com problemas pois não podem vender os seus produtos sem transporte”A crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus está a afetar fortemente os setores mais fragilizados da sociedade do Bangladesh e muitas famílias atravessam tempos muito duros, com destaque para os que vivem da agricultura e do comércio.
Para auxiliar o trabalho assistencial da Igreja, a Fundação AIS forneceu equipamento de proteção para sacerdotes e religiosas que estão em contato permanente com as populações, evitando assim situações de contágio pelo Covid19. A iniciativa dirige-se especialmente à diocese de Barisal onde, segundo D. Lawrence Howlader já há casos em que “as famílias passam fome”.
Para o prelado, os equipamentos de proteção são essenciais pois “os padres sentem-se seguros para responder às chamadas dos doentes, fornecendo medicamentos, indo a funerais… e as irmãs e os enfermeiros [que pertencem a congregações religiosas] sentem-se confiantes para cuidar dos pacientes em segurança e sem contágio com o vírus”.
D. Lawrence explicou à Fundação AIS que, por causa das restrições impostas pelas autoridades como estratégia de combate ao coronavírus, muitos setores da economia estão praticamente paralisados.
“[As pessoas] não podem trabalhar e, portanto, não recebem qualquer salário. Os agricultores e os pequenos comerciantes também estão com problemas pois não podem vender os seus produtos sem transporte.” A situação é já dramática: “Sem rendimentos – diz o Bispo – as famílias passam fome”.
Entre as várias iniciativas que a Igreja Católica tem vindo a promover nesta diocese é a distribuição de alimentos para as famílias mais empobrecidas e que pertencem às tribos Rakhine, Bormon e Tripma. Meio quilo de arroz, 250 gramas de lenteinhas e dois quilos de batatas são alguns dos produtos que os sacerdotes e as religiosas fazem chegar a cada uma destas famílias.
A pandemia do coronavírus já atingiu mais de 213 mil pessoas no Bangladesh, tendo causado já mais de 2750 mortos. D. Moses Costa, Arcebispo de Chittagong, no sudeste de Bangladesh, foi uma dessas vítimas. O prelado faleceu no início do mês de Julho num hospital em Dhaka, a capital do Bangladesh.
D. Moses Costa estava em franco processo de recuperação quando teve uma recaída vindo a sofrer uma hemorragia cerebral a 9 de Julho que se revelaria fatal. O falecimento do Bispo, na segunda-feira, dia 13 de Julho, deixou toda a comunidade “em tremendo estado de choque”, segundo uma nota publicada no ‘site’ da diocese.
(Departamento de Informação da Fundação AIS)