Na audiência geral desta quarta-feira, 5 de agosto, na biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano em vez da Praça de São Pedro por causa da pandemia do covid-19, o Papa Francisco lamentou a gigantesca explosão de ontem no porto de Beirute, que matou ao menos 135 pessoas, feriu mais de 5.000, deixou dezenas de desaparecidos, destruiu completamente a zona portuária e causou graves danos em dezenas de edifícios de vários bairros da capital libanesa.
O Papa pediu que a comunidade internacional ajude o Líbano a superar a tragédia e a grave crise econômica que já era intensa no país e que agora se torna dramática.
“Ontem, em Beirute, na área portuária, fortes explosões causaram dezenas de mortos e milhares de feridos, além de muitas destruições graves. Rezemos pelas vítimas e suas famílias; e rezemos pelo Líbano, para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais, políticos e religiosos, possa enfrentar este momento trágico e doloroso e, com a ajuda da comunidade internacional, superar a grave crise que está atravessando”.
Francisco reforçou o pedido de ajuda internacional numa postagem publicada nesta manhã na conta oficial do Papado no Twitter.
O Papa dá o exemplo
Ele próprio dá o exemplo, e não é de agora. Em maio, Francisco já tinha enviado 200 mil dólares para a Nunciatura Apostólica em Harissa para apoiar 400 bolsas de estudo no país, justamente por causa da “grave crise que está gerando sofrimento, pobreza e corre o risco de ‘roubar a esperança’ especialmente das jovens gerações, que veem difícil o seu presente e incerto o seu futuro“.
A nota do Papa em maio acrescentava que, “com paternal solicitude“, ele acompanhava a situação no “amado Líbano, definido por São João Paulo II como ‘País Mensagem’, lugar onde Bento XVI promulgou a exortação pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente, e, desde sempre, exemplo de convivência e fraternidade que o documento para a Fraternidade Humana ofereceu ao mundo inteiro“.
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