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Líbano: fundação AIS vai enviar ajuda de emergência às vítimas da explosão

LIBAN, BEJRUT

AFP/EAST NEWS

Fundação AIS - publicado em 09/08/20

Testemunhas comparam explosão a uma "bomba atômica"
A Fundação AIS a nível internacional irá enviar de imediato, para Beirute, uma ajuda de emergência no valor de 250 mil euros para aquisição de cabazes alimentares, após a enorme explosão de ontem (4 de Agosto). A ajuda da Fundação AIS terá como alvo as famílias pobres mais afectadas pela explosão que devastou a área portuária da capital libanesa.
Pelo menos 100 pessoas foram mortas e 4.000 ficaram feridas quando explodiram 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenado num armazém.
O Pe. Raymond Abdo, parceiro da Fundação AIS no Líbano, afirmou à instituição: “A explosão parecia uma bomba atómica, com fumo vermelho por todo o sítio e imensos danos.”
Por sua vez, o Pe. Samer Nassif, especialista da Fundação AIS no Líbano, disse que a área cristã de Beirute foi “completamente devastada”. Pelo menos 10 igrejas foram destruídas, 300.000 pessoas ficaram sem tecto e muitas outras estão a sofrer com a “total destruição” dos seus meios de subsistência. Disse: “Ontem, num segundo, foram provocados mais danos ao bairro cristão de Beirute do que durante os longos anos de guerra civil. Temos de o reconstruir do zero.”
Os Padres Abdo e Nassif afirmaram que, após a longa crise económica e o coronavírus, o Líbano está mal equipado para lidar com as emergências e precisa urgentemente de ajuda internacional para as necessidades básicas do povo.
No “Apelo aos Países do Mundo” enviado hoje (quarta-feira, 5 de Agosto), o Patriarca Maronita Cardeal Bechara Boutros Rai, presidente da Conferência de Patriarcas e Bispos Católicos do Líbano, disse: “Beirute é uma cidade devastada. Beirute, a noiva do Oriente e o farol do Ocidente, está ferida. É uma cena de guerra – há destruição e desolação em todas as ruas, distritos e casas.”
O Pe. Abdo descreveu como, num convento não muito longe do seu mosteiro, uma religiosa idosa e doente morreu devido aos ferimentos provocados pela explosão. O padre carmelita contou que ela era a única que não estava na sala de jantar no momento da explosão e que, se as outras estivessem nos seus quartos, muitas teriam morrido ou ficado gravemente feridas.
A Fundação AIS apela à oração pelas vítimas e suas famílias.

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