A detenção de Agnes Chow acontece num momento de tensão e sanções entre os governos dos EUA e da ChinaAgnes Chow, uma católica que tem apoiado abertamente os direitos civis em Hong Kong, foi presa na segunda-feira e acusada de violar a nova lei de segurança nacional que Pequim impôs à ex-colônia britânica.
Sua prisão ocorreu no mesmo dia que várias outras pessoas foram detidas, incluindo Jimmy Lai, editor do jornal pró-democracia Apple News de Hong Kong.
Chow é uma ex-candidata a um cargo eletivo em Hong Kong, mas foi impedida de participar da votação por causa de sua defesa da autodeterminação para Hong Kong, de acordo com a Catholic News Agency.
Ela também é ex-membro do Demosisto, partido político fundado pelo proeminente ativista Joshua Wong, que foi dissolvido logo após a entrada em vigor da lei de segurança nacional, de acordo com a CNN. Chow já estava enfrentando acusações relacionadas à sua participação em protestos antigovernamentais no ano passado.
O South China Morning Post noticiou na manhã de terça-feira que Chow deveria ser libertado sob fiança às 22h30, no horário de Hong Kong.
Além disso, a China anunciou sanções a vários legisladores dos EUA e ONGs ocidentais que se manifestaram abertamente em apoio aos direitos humanos e à democracia na República Popular, incluindo o deputado federal Christopher H. Smith, de Nova Jersey, o senador Marco Rubio, do Texas, entre outros. Pequim disse que os legisladores e as ONGs estão “se comportando mal nas questões relacionadas a Hong Kong”.
Por sua parte, os Estados Unidos sancionaram na última sexta-feira a presidente-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, e outras autoridades chinesas e de Hong Kong por seu papel na repressão à liberdade política, disse a CNN.
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