Governos opressores usam a pandemia como pretexto para perseguir cristãos Um levantamento da Release International, uma instituição de apoio a cristãos perseguidos em 25 países, mostrou que a perseguição religiosa aumentou em todo o mundo durante a pandemia do novo coronavírus.
O relatório aponta que muitos cristãos ficaram sem alimentos e ajuda humanitária oferecida pelos sistemas de apoio durante a quarentena. Há relatos também de pessoas que foram abandonadas pelas famílias por causa de sua fé.
Ao mesmo tempo, vários países intensificaram a perseguição contra os cristãos. Uma dos piores situações está na China, onde, segundo a Release International, o governo está usando a pandemia como pretexto para intensificar sua repressão aos cristãos. “Eles aceleraram as campanhas, como a demolição forçada de cruzes até mesmo de igrejas. Pastores foram perseguidos por compartilhar o evangelho e distribuir máscaras faciais nas ruas”, afirma Paul Robinson, o CEO da Release International.
Ainda na China, as autoridades proibiram os serviços religiosos online e reuniões de oração pela internet. Um cristão de Shandong que exortava cristãos a fazerem nove dias de oração e jejum pelas vítimas do vírus foi preso, acusado de organizar um serviço ilegal de oração online.
No Paquistão, onde muitos cristãos vivem na pobreza, a situação é especialmente difícil para os convertidos de origem muçulmana. A única forma de segurança social é o apoio à família. E também lá as famílias muçulmanas muitas vezes retiram a ajuda dos que mudam de religião. Os cristãos mais pobres não têm mais dinheiro suficiente para comprar comida ou aluguel, muito menos máscaras faciais ou desinfetantes para as mãos.
No Alto Egito, algumas organizações estão supostamente recusando comida e apoio às famílias cristãs. O relatório aponta que as autoridades estão ajudando os muçulmanos, mas não os cristãos. E igrejas que tentam ajudar estão sendo fechadas por ordem da polícia.
Parceiros da Release International estão fornecendo cestas básicas para cristãos na Argélia, Etiópia, Egito, Nigéria, Paquistão e Turquia, que foram impedidos de receber apoio por causa de sua fé.
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